IATA: Costa Rica deve criar condições que estimulem a demanda

03 de Agosto de 2020 6:01pm
Redação Caribbean News Digital Portugues
IATA-PeterCerdá

A Associação de Transporte Aéreo Internacional (IATA, pelas suas siglas em inglês) manifestou sua profunda preocupação ante o excessivo custo da póliza de seguros requerida aos viajantes internacionais que ingressem a Costa Rica, após a retomada dos vôos comerciais.

Esta póliza —que terá um preço que oscila entre US$265 e US$965, dependendo da idade do passageiro e que ademais só poderá ser adquirida a um único provedor— restará competitividade ao país como destino turístico.

“Conquanto entendemos que esta medida busca cobrir o custo de um tratamento médico ante um eventual contágio em Costa Rica, consideramos que é um elemento disuasivo para atrair o turismo ao país. Qualquer diferença no custo da viagem poderia afetar de maneira grave e direta a recuperação tanto do setor turístico como do transporte aéreo. Isto põe em jogo a importante contribuição deste setor finque da economia que se encontra duramente golpeado depois de cinco meses de paralisação”, afirmou Peter Cerdá, Vice-presidente Regional de IATA para as Américas.

A reapertura de operações aéreas em Costa Rica desde 1 de agosto foi possível graças à adoção de protocolos de bioseguridad que cumpram com as recomendações da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) tanto pelo Estado, as linhas aéreas, e operadores aeroportuarios. Ainda que a indústria está lista para o reinicio, é necessário que os estados crêem as condições para estimular a demanda. “Por isso pedimos às autoridades que nos apoiem em pôr em marcha iniciativas que permitam aos operadores aéreos gerar maior tráfico e maior demanda para seus países”, enfatizou.

IATA também recomenda às autoridades costariquenses analisar que o requerimento de provas de COVID-19 faz redundante que se limitem as operações unicamente de vôos provenientes de Canadá, a União Européia, e o Reino Unido.

“Limitar as operações a certos países e ao mesmo tempo solicitar provas de COVID-19 como requisito primeiramente a todos os passageiros poderia desincentivar a demanda de viajantes e, portanto, repercutir em o turismo e em a economia nacional”, declarou Cerdá.

Segundo um estudo de Oxford Economics, o transporte aéreo contribuía dantes da pandemia —direta e indiretamente— uns US$5,000 milhões à economia costarricense, que equivale ao 9% do PIB do país, e gerava uns 155,000 empregos diretos e indiretos. No entanto, IATA estima que o impacto da pandêmia põe em risco 101,545 empregos e US$3,500 milhões em contribuição econômica —três quartas partes do monto pré COVID-19.

“Historicamente, Costa Rica tem atingido potenciar sua indústria turística em grande parte pelos viajantes que chegam ao país pela via aérea. Fazemos um chamado ao governo a reconsiderar estas medidas e a continuar trabalhando com seu principal aliado, a indústria do transporte aéreo, com o fim de que esta possa prestar sua experiência e melhores práticas para que a aviação se converta em um dos pilares da reconstrução econômica do país depois da pandêmia”, puntualizou Cerdá.

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