Os autos de John Lennon

28 de Maio de 2018 5:31pm
coordinador
Os autos de John Lennon

John Winston Lennon (9/10/40-8/12/80) foi músico multi-instrumentista, cantor e compositor. Saltou à fama com The Beatles “a banda mais comercialmente exitosa e criticamente aclamada” da história do pop. Dos autos de Lennon, o mais icónico foi (é) o Rolls-Royce Phantom V.

Nos anos 60 do século passado, com o florescimento dos hippies e a contracultura em ação para acabar a guerra em Vietnam, o quarteto de Liverpool está entre os porta-bandeiras da música pop. Deles destacam John Lennon e Paul McCartney, um exitoso casal que fará história por suas composições e interpretações.

E John Lennon, envolvido no triunfo mediático da música alternativa e pacifista e a canção protesta, cedo conhece o resultado económico de sua brilhante carreira, o qual lhe permite obter autos espetaculares, como um desportivo Ferrari 330 GTS 2 2, glamorosos Mercedes-Benz e um luxuoso Rolls-Royce Phantom V, entre outros.

O 15 de fevereiro de 1965, recebeu seu primeiro grande auto: o Ferrari. Lennon era um péssimo condutor e ao volante desse super-desportivo, era um perigo tanto para ele como para o tráfico circundante. Por essa data gravou o tema Ticket to ride e uma vez satisfeito com sua interpretação, conseguiu-se um condutor para manejar o Ferrari. 

Empenhado em conduzir, pouco depois comprou-se um modesto Morris, com o que teve um aparatoso acidente que deixou o auto inservível. Para não esquecer colocou o Morris chocado no jardim de sua mansão inglesa como mostra “do efémero da vida”. E o 3 de junho de 1965, entregaram-lhe seu Rolls-Royce, ao que ordenou alguns mudanças.

Amém do grau de exclusividade, opulência e luxo que tem um auto assim, o de Lennon dispunha de refrigerador, equipa de música estéreo, toca-discos flutuante, televisor (Sony) e telefone.  ¡Estamos nos anos 60! O telefone chegou aos automóveis nos 80 e o outro… E para fazer realidade o lema de faz o amor e não a guerra”, os assentos traseiros podiam-se transformar numa cama.  

Mas isto não era suficiente para uma “estrela excêntrica” como Lennon. O Rolls-Royce vinha com seu clássico e discreta cor negra (Valentine Black) que não lhe agradava. Em abril de 1967, entregou-lhe o automóvel ao fabricante JP Fallon, com as sugestões de Marijke Koger, para mudar o aspecto ao Rolls-Royce.  O encarregado foi Steve Weaver.

Trata-se de um desenho floral romani, similar ao que usam os ciganos e barcaças, que têm ademais um símbolo do zodíaco no teto. Isto coincidiu com a saída do disco “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Clube Band”, em cuja tampa predomina o amarelo, como no auto. Em 1970, já em USA, o auto foi utilizado por The Rolling Stones e Bob Dylan. Desde 1977, está no Royal British Columbia Museum, que o presta para atos e exposições.   

Back to top