Praias de Cuba: Uma fuga ao paraiso

Texto e fotos: Rolando Pujol

Umas 200 praias estendem-se a todo o longo dos litorais setentrional e meridional de Cuba. Delas uma dezena estão consideradas entre as melhores do mundo, pela calidez de suas águas e o aspecto acolhedor de suas areias.

As praias do norte de Cuba, lavradas nos corais da segunda maior barreira madrepórica do planeta, distinguem-se pela impoluta transparência de suas águas e amplitude de suas dunas.

Nesse setentrão costeiro é difícil eleger entre a mundialmente famosa Praia de Varadero, com suas 25 Km de extensão que apontam com o vértice da Península de Hicacos para barlovento, ou o edén de ilhas esmeraldas que afloram para o Leste, no Arquipélago dos Jardins do Rei.

A Cristóbal Colón, a beleza dos Jardins do Rei, fez-lhe exclamar, há 500 anos, que tinha chegado ao Paraíso, uma impressão evocada ainda hoje por todo o que visita esse conglomerado de ilhas.

Os cayos Santa María, Ensenachos, As Bruxas, Coco e Guillermo, criam vício, pois são lugares aos que sempre se vai querer voltar num bucle  de sol, mar e céfiro, que só se encontram nas ilhas perdidas das histórias dos aventureros legendários.

Pelo sul de Cuba prevalecem a costa de águas someras, com ilhotes de manguizáis que se consolidam em ilhas maiores povoadas de palmeras, iguanas, tartarugas e pelicanos.

São Ilhas do Tesoro, quase todas as meridionais de Cuba, onde as águas do Caribe guardam zelosamente o segredo dos galeones afundados nos qeuba-mar e o ouro enterrado pelos piratas ao pé dos almácigos.

Mas o tesouro verdadeiro, não é o que por anos têm procurado os aventureiros por esses lugares, em Cayo Largo do Sul, Ponta Francês ou o Colony, sinão a natureza prístina de suas praias, onde as águas se amansam ao passar os rompientes com a beatitude das areias brancas, guarnecidas pelos coqueiros, um lugar que Deus tivesse eleito para descansar ao oitavo dia.