Rede hoteleira Accor vê "potencial" em Brasil

23 de Maio de 2019 9:57am
Redação Caribbean News Digital Portugues
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A rede francesa de hotéis Accor, depois de sua recuperação em América do Sul o passado ano, vê um grande "potencial" para o investimento em Brasil, explicou em entrevista com EFE o Patrick Mendes, o primeiro executivo da companhia na região.

Segundo o diretivo, Accor mantem sua aposta por este país apesar do possível refreamento da maior economia de América do Sul - o PIB brasileiro fechou em negativo durante o primeiro trimestre do ano, segundo as primeiras projeções- e confia no setor de luxo para manter sua tendência positiva.

Por outro lado, o Mendes considerou que o setor do turismo e hotelaria ainda tem espaço para sue desenvolvimento, embora admitisse que melhorasse logo do Mundial de Futebol de 2014 e dos Jogos Olímpicos de Rio de Janeiro de 2016, especialmente no que se refere à infraestrutura e promoção.

"Nós vemos Brasil com um potencial enorme. Para mim Brasil é na infância do turismo e dos hotéis", asseverou.

O executivo, embora, se lembrou de que a insegurança que vive Brasil, apesar dos avanços conquistados nos últimos anos, e a falta de oferta de voos, entre outros aspectos, supõem um freio para o crescimento da indústria de turismo no país.

"É fundamental resolver o problema da segurança, senão, não se atrai ao turista estrangeiro. A rede aérea também tem de ser melhorada em infraestrutura e preço", comentou.

Apesar de algumas dificuldades na região, ele destacou que a rede hoteleira se encontra em um "bom momento" e tem aproveitado os últimos quatro anos para assumir uma posição de "liderança muito forte".

De acordo com o executivo, Brasil representa atualmente 70 % dos negócios de Accor em América do Sul, região, esta última, onde possuem 14 marcas tanto no segmento econômico como no de luxo.

"A indústria hoteleira tem um potencial enorme de crescimento em América do Sul, e no Brasil ainda mais. Nós temos escassez de hotéis de qualidade em várias cidades, em vários pontos atrativos de Brasil, que tem um potencial muito forte. Essa indústria gera trabalhos, arrecada impostos e é sendo considerada a indústria do futuro", explicou ele.

Para Mendes, o gigante sul-americano oferece grandes atraentes, como suas belezas naturais, seu patrimônio histórico, hospitalidade, e uma crescente infraestrutura, mas, a seu juízo, estes aspectos necessitam ser mais bem promovidos.

"Chile tem seis milhões de turistas estrangeiros, os mesmos que o Brasil, e realiza um trabalho de promoção e comunicação. Por isso é necessário ter dinheiro para comunicar", ele agregou.

Nesse senso, se mostrou optimista com a atual agenda do Ministério de Turismo de Brasil e sublinhou a necessidade de promover o país internacionalmente, especialmente em China, que representa hoje 10 % dos viajantes no mundo.

"O setor privado fez seu trabalho e agora a gestão pública tem que se comprometer", enfatizou.

De face para à Taça América de Futebol, da que Brasil será sede e que começa o próximo 14 de junho, Mendes informou que a companhia não tem preparado um plano especial, depois de algum "erro estratégico" detectado trás os Jogos Olímpicos de Rio.

"Nós tivemos um erro estratégico depois das Olimpíadas en Rio, porque não previmos a forte queda na ocupação hoteleira e por isso nós estamos retraídos com a Taça América", admitiu. EFE

 

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