Bancos multilaterais anunciam aporte de até US$90 bilhões para a América Latina e Caribe

23 de Abril de 2009 1:04pm
godking

Os principais bancos multilaterais de desenvolvimento anunciaram que irão ampliar seu apoio à América Latina e ao Caribe com um aporte de até US$90 bilhões durante os próximos dois anos, em um esforço para estimular o crescimento econômico na região por meio da coordenação de iniciativas de resposta à crise financeira mundial.

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Corporação Interamericana de Investimento (CII), o Grupo Banco Mundial (BIRD, IFC e AMGI), a Corporação Andina de Fomento (CAF), o Banco de Desenvolvimento do Caribe (BDC) e o Banco Centro-Americano para a Integração Econômica (BCIE) estão trabalhando em conjunto na identificação de parcerias, com a finalidade de expandir o impacto coletivo e explorar novas oportunidades para proteger os ganhos econômicos e sociais alcançados na região nos últimos cinco anos, diz um comunicado do BID.

O BID e a CII deverão fornecer US$29,5 bilhões do total de recursos, enquanto o Grupo Banco Mundial planeja contribuir com US$35,6 bilhões nos próximos dois anos. Além disso, a CAF participará com US$ 20 bilhões, enquanto o BCIE e o BDC deverão colaborar com US$4,2 bilhões e US$500 milhões, respectivamente.

O apoio do BID poderá ser ampliado na medida em que o Banco está formulando programas para impulsionar o crédito no curto prazo. O BID também iniciou o processo de revisão de seu capital, com o objetivo de adequar sua capacidade de financiar as necessidades de desenvolvimento no longo prazo, de acordo com uma resolução aprovada por sua Assembleia de Governadores em reunião anual ocorrida no final de março em Medellín.

Ao contrário das crises anteriores, os efeitos do atual desequilíbrio econômico estão sendo transmitidos na região basicamente por meio da economia real. Esta crise interrompeu mais de cinco anos de um crescimento sustentado médio de 5,3% ao ano, estimulado em parte pela adoção de políticas econômicas responsáveis e por uma elevação acentuada no preço das commodities.

A região da América Latina e do Caribe não é o epicentro da crise. Ao contrário, desta vez a região está sofrendo os efeitos do choque global. A América Latina conseguiu retirar da pobreza 52 milhões de pessoas no período de 2002 a 2007, mas essa tendência poderá se reverter e, por isso, é importante proteger os avanços sociais na região, diz o comunicado.

Back to top