Brasil começa outra semana de luta contra o zika

22 de Fevereiro de 2016 5:23pm
editor
Brasil começa outra semana de luta contra o zika

O Brasil começará hoje outra semana de luta contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus do Zika, da dengue e da chikungunya, com mais de 40 por cento dos imóveis do país inspecionados para detectar possíveis focos.

De acordo com informe da Sala Nacional de Coordenação e Controle de confronto à microcefalia, até quarta-feira última foram visitados 27,4 milhões de domicílios, prédios públicos, comércios e indústrias, nos quais se detectaram mais de 984 mil locais com criadouros de mosquitos.

A quantidade representa cerca de 3,77 por cento do total de edificações supervisionadas e a meta proposta é reduzir esse índice de infestação até 1,1 por cento, informou a própria fonte.

No dia 1 de fevereiro passado a Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou que o número crescente de casos de microcefalia e de desordens neurológicos aparecidos no Brasil constituíam uma emergência sanitária de alcance internacional.

A entidade declarou que há dois anos a circulação do Zika no mundo era esporádica e se concentrava na África, Ásia e Oceania. No entanto, pontualizou, desde 2015 passado confirmaram-se casos originários da doença no Brasil e outros 18 países latino-americanos.

Neste contexto, o Brasil receberá nos próximos dias 23 e 24 a diretora geral da OMS, Margaret Chan, que realizará uma visita oficial.

Esse organismo internacional anunciou dias atrás que está revisando a investigação e desenvolvimento atual em relação ao vírus do Zika, a fim de priorizar produtos médicos e estratégias cujo desenvolvimento deveriam ser visto acelerados.

Explicou que no momento a maior parte das pesquisas que poderiam ser úteis para o Zika foram realizadas em relação com outros flavivírus, como os da dengue ou a febre amarela.

Destacou também que os produtos diagnósticos "são de máxima urgência" para poder distinguir este vírus de outros flavivírus transmitidos por mosquitos causantes de doenças similares.

Há pelo menos 12 grupos trabalhando em vacinas contra o Zika. Todas elas se encontram em fases iniciais de desenvolvimento e a autorização de comercialização poderia demorar alguns anos, advertiu a OMS.

Na semana passada, o ministro de Saúde Marcelo Castro revelou que o Brasil incluirá este vírus na plataforma NAT, um teste molecular utilizado nos hemocentros do país para a detecção do HIV e as hepatites B e C.

Desde 22 de outubro de 2015 até 17 de fevereiro deste ano foram notificados no país 5.280 supostos casos de microcefalia, dos quais mais de 400 foram confirmados e em mais de 40 se estabeleceu uma possível relação com o vírus do Zika.
 

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