Caribe somos todos

13 de Julho de 2015 4:56pm
claudia
Caribe somos todos

O Festival do Caribe não é só uma festa, é, gente. Mitos e ritos. Uma cita que ano após ano reúne as expressões da cultura popular tradicional de nossa região geográfica e que, ao cabo de 35 anos contínuos, se consolidou como o espaço onde os povos caribenhos se identificam a si mesmos com uma profundidade cultural comum.

A tradicional Queima do Diabo, na praça do Mercado, tem fechado esta edição 35 da Festa do Fogo que, com acerto, tributou aos 500 anos da fundação da vila de Santiago de Cuba e nos acercou à cultura da Mancomunidade das Bahamas.

Dirigido pela Casa do Caribe, o Festival voltou a ser o palco ideal para que mais de mil participantes procedentes de 42 países —cifra recorde na história do evento— emprazaram suas manifestações artísticas, sua cultura popular tradicional e trocassem idéias e experiências em praças, parques e teatros da ardente cidade oriental.

Uma vez mais a programação reuniu prática e teoria. O Colóquio Internacional O Caribe que nos une, deu espaço à constituição da Rede de Carnavais; ao encontro de historiadores das vilas fundacionais cubanas; a oficinas de religiões populares, de poesia, oralidade, artes plásticas, teatro, audiovisuais, pedagogia e medicina natural tradicional, entre outros.

Enquanto, a agenda artística desenhou-se para o desfrute do povo de Santiago com concertos, cerimônias religiosas, festas antilhanas, *haitiano-cubanas, camponesas e as habituais ações na praia Juan González (Oda a Yemayá); na Loma do Cimarrón do Cobre (homenagem à rebeldia escrava); e os desfiles da serpente e do fogo.

“Voltar a receber a países amigos como Argentina, México, Colômbia, Porto Rico e que tenhamos podido conhecer mais sobre as Bahamas, um rosário de ilhas próximas a nós e da qual sabíamos muito pouco, acho que tem sido um dos valores fundamentais do festival”, assegurou a Granma Daniela Anaya, subdiretora da Casa do Caribe, horas dantes da clausura.

“Desde agora podemos compartilhar melhor e nos demos conta de quanto similares somos ainda que não falemos a mesma língua. O festival tem aberto uma grande possibilidade para que todo mundo se some e se possa reconhecer como Caribe”, manifestou. A próxima edição da Festa do Fogo estará dedicada a Costa Rica.

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