Chega a Cuba o cruzeiro maior de sua história

Com a chegada do Opera se concreta a entrada de MSC, a quarta companhia de cruzeiros do mundo e a única que não tem sede em Estados Unidos. A norte-americana Carnival Corporation, líder mundial, anunciou que entrará em Havana em maio próximo. A ilha deixa definitivamente atrás velhas concepções e aposta de forma decisiva pela indústria dos cruzeiros.
Mal uns minutos após as sete da manhã chegou a baía de Havana o MSC Opera, o maior cruzeiro que tenha entrado jamais a Cuba, com uma capacidade de 2.600 passageiros, e que ocupou para além do berço de atraque, localizado num antigo edifício com mais de um século, agora em plena reconstrução.
O MSC Opera, com 251 metros de distância de popa a proa, 6,60 metros de calado e 32 metros de manga, foi durante vários anos o navio insígnia de MSC, uma linha de cruzeiros considerada entre as quatro primeiras do mundo, e a pioneira em chegar a Cuba depois da abertura do 17 de dezembro do ano passado, quando Cuba e EUA. anunciaram a normalização de relações.
O barco entrou carregado com 2.200 turistas que têm viajado durante uma vintena de dias desde Génova, Itália, ainda que também vêm espanhóis, franceses, ingleses e alguns nórdicos.
Segundo explicou a Excelencias Cuba, Gianni Onorato, Chief Executive Officer de MSC Cruises S.A., o MSC Opera realizará durante esta temporada uns 16 escalas em Cuba, onde deixará e recolherá turistas de diversos países, "ainda que pelo momento não terá norte-americanos, pois eles ainda requerem licenças especiais de viagem".
"É uma situação que estamos a analisar", assegurou o diretor de MSC, quem reafirmou que sua companhia espera para o futuro próximo incorporar novos e maiores cruzeiros a sua frota, para superar os três milhões de viajantes transportados.
MSC, companhia familiar italiana, é a primeira entre os quatro gigantes em chegar a Cuba que não tem sede nos Estados Unidos.
No entanto, esta situação poderia mudar dentro de muito pouco, já que um de seus rivais, Carnival Corp, com sede em Miami e a maior operadora de cruzeiros do mundo, tem dito que planeja levar viajantes à ilha em maio próximo, em visitas especializadas que entrariam dentro das permitidas pelas regulações ainda vigentes por parte da Casa Branca.
Quiçá por isso se apressa MSC, pois ainda que não o descartou de plano, Onorato, o Chief Executive Officer de MSC Cruises S.A., aclarou que nestes momentos negociam a possível entrada de um segundo cruzeiro, o MSC Armonia, também capaz de transportar a 2 600 passageiros.
"Estamos muito entusiasmados pela acolhida em níveis de venda que temos tido com esta primeira temporada", enfatizou sorridente. Pelo cedo, num ano e num dia após que Barack Obama e Raúl Castro anunciassem simultaneamente que queriam pôr fim a mais de cinquenta anos de hostilidades, muitos habaneros que circulavam pelo malecón ao amanhecer de 18 de dezembro deste 2015 se pararam a fazer fotos com móveis ou pequenas câmaras do MSC Opera, um gigantesco hotel flutuante.