Cientistas cubanos conseguem isolar a proteína de alga super-protéica

Cientistas cubanos conseguiram isolar a proteína conhecida como Ficocianina, presente na espirulina, alga eficaz no tratamento de diversas doenças como artrite, colite e as digestivas e famosa por outros fins terapêuticos, inclusive dietéticos, informou nesta segunda-feira um especialista local.

O cientista cubano Ricardo Gómez liderou o grupo de especialistas do Centro Nacional de Investigações Científicas (CNIC) de Havana, que conseguiu isolar a Ficocianina, "importante elemento terapêutico que constitui 20% da espirulina", segundo a Agência de Informação Nacional (AIN).

Gómez detalhou que os cientistas "perceberam inicialmente a semelhança estrutural da Ficocianina com a bilirrubina, por isso o nome de biliproteína, e consideraram que deveria ter as mesmas propriedades terapêuticas que a espirulina".

"Esta comprovação se tornou o trabalho fundamental do grupo", acrescentou o especialista, ao ressaltar que a espirulina "é uma microalga com excelentes qualidades farmacológicas, dietéticas e cosméticas", que Cuba comercializa em várias nações e em lojas para a venda em divisas no país.

Segundo Gómez, "os testes farmacológicos, pré-clínicos e toxicológicos, in vitro e em animais", anteriores a pesquisas clínicas em humanos, "demonstraram que a Ficocianina possui propriedades antioxidantes".

O cientista destacou que o estudo ganhou o Prêmio de Farmacologia Experimental dado pela primeira vez no Congresso Internacional desta disciplina, recém-realizado em Cuba.