Crescimento do consumo de vinhos na China e abertura do mercado entusiasmam produtores portugueses
Os principais produtores de vinho portugueses fizeram em maio nova "investida" na China, que, de acordo com a Agência de Promoção do Comércio Externo Português (Aicep) foi bem-sucedida, pela afluência de público e maior abertura do mercado chinês.
A 3ª missão da Viniportugal à China, que esteve em Macau, Hong Kong e Xangai de 12 a 21 de maio, integrou 30 produtores, tendo promovido diversas provas de vinhos - com a participação de enólogos, jornalistas e público em geral - além de cursos e seminários.
"Esta missão teve um balanço francamente positivo, melhorando sobre os resultados da edição anterior", em janeiro de 2008, nomeadamente pela época mais indicada para a visita ao mercado e pela "seleção de locais apropriados, de grande prestígio, e em condições financeiras mais vantajosas", segundo relatório do Aicep, que apoiou a iniciativa.
De acordo com Miguel Crespo, responsável pelo escritório Aicep para Hong Kong e Macau, o vinho português tem um peso inferior a 10% nas trocas comerciais entre Portugal e as duas regiões administrativas sendo ainda inexpressivo na China.
Salientou o "enorme empurrão com a abolição de taxas" de importação em Hong Kong (de 40 para 0 por cento) e em Macau (de 20 para 0 por cento), admitindo-se que a própria China, que mantém taxas de 48 por cento, "venha gradualmente a desagravá-las".
Outros especialistas que participaram nos trabalhos da delegação portuguesa, como Alex Cerveira, presidente executivo da importadora Lam&Cerveira, sublinharam que a crise econômica mundial parece não afetar o mercado de vinhos local, devido à abolição dos impostos neste produto e à preparação que este mercado tem em lidar com crises semelhantes.
Macauhub