Cuba e Estados Unidos fecham novos contratos comerciais em Havana

A rodada de Negócios Cuba-Estados Unidos terminou em Havana com a assinatura de contratos no valor de US$ 118,6 milhões. Representantes de 114 empresas de 25 estados e cinco congressistas dos EUA participaram do encontro. As autoridades cubanas aproveitaram a inauguração do evento perante os 256 delegados credenciados para destacar as oportunidades que a ilha oferece aos empresários desse país.

"Cuba hoje constitui para os Estados Unidos o principal e novo mercado potencial do qual dispõem os empresários norte-americanos", disse o presidente da companhia importadora estatal Alimport, Pedro Álvarez, durante seu discurso de abertura da rodada que terminou quarta-feira.

Ele lembrou que desde que em dezembro de 2001 foi aberta a porta para as exportações de produtos da agroindústria dos EUA para Cuba, a ilha comprou 7,8 milhões de toneladas em alimentos, pagando US$ 2,343 bilhões.

Acrescentou que os EUA poderiam ser "um grande fornecedor" no setor hoteleiro e no mercado interno, não só no setor alimentício.

Rosa DeLauro, chefe da delegação de congressistas disse esta
terça-feira à agência EFE que a visita a Cuba tem como objetivo impulsionar o comércio entre ambos os países e conhecer a situação da ilha, ao mesmo tempo em que se declarou contrária às restrições atuais.

Cuba importa anualmente cerca de US$ 1,6 bilhão em produtos agroalimentares, deles, em 2006, US$ 570,8 milhões foram comprados de empresas americanas.

O comércio entre os países não é bilateral, visto que Cuba não pode exportar seus produtos para os EUA. Por outro lado, deve pagar os produtos antes de serem recebidos, à vista, sem créditos financeiros.