Cuba é um ponto estratégico do turismo no Caribe

12 de Junho de 2015 5:54pm
claudia
Cuba é um ponto estratégico do turismo no Caribe

Assim o expressou a CND Javier Díaz Merino, presidente da Corporação Gowaii, quem acabando de regressar de Cuba participou como patrocinador na recém concluída feira Internacional de Turismo Euroal em Torremolinos (Andaluzia). O video de Gowaii, ademais, obteve o Sol de Ouro na categoria de vídeos de empresa, no concurso anual que auspicia a feira. Durante os festejos, Díaz Merino compartilhou com este repórter alguns critérios sobre a evolução recente de sua companhia e as perspectivas turísticas de Cuba e o Caribe.

Há muito, Javier, desde que Gowaii estreou-se faz mais de três anos na indústria turística. Inicialmente era um tour-operador dirigido a profissionais, com possibilidade de associar ou desassociar serviços para dar ao cliente final uma atenção mais personalizada. Hoje operam em 28 países com nove marcas de referência no setor, e têm passado por diversas etapas. Como caracterizá-las-ias?

Têm sido mais que etapas, oportunidades, diria. Acho que finalmente o tempo, a crise, as mudanças, deram-nos oportunidade de seguir crescendo com este projeto que já tem uns três anos e médio e temos conseguido avançar. Então não tínhamos Trapsatur, Hotelminuto, Muita Viagem, Mundicolor, não tínhamos criado companhias hoteleiras, mas sim tínhamos a ideia e o espírito e tínhamos muito claros nossos objetivos.

Com a fracassada aliança com o fundo de investimentos Springwater sofreram um golpe, como o assimilaram?

Como todo mundo conhece, estes senhores eram uns advenedizos no mercado espanhol, vinham à caça de oportunidades, e nós o que gerávamos era expectativas. Quer dizer por exemplo, que se num momento determinado Royal Caribbean, através de seu filial espanhola Pullmantur quis desinvertir nos negócios que não eram importantes para eles, que era todo o demais excepto a linha de cruzeiros, nós éramos quem capitalizábamos essa mudança.

Tivemos várias oportunidades de associar-nos, e finalmente logramos-lo, alguém que nos cobrisse num momento determinado se as coisas iam mau, que fosse um sócio financeiro. Desgraçadamente, ao final não tem sido nem uma coisa nem outra, foi um tropeço mas disso se compõe a vida e os negócios, deles também se aprende e o superámos. Acho que eles se perderam uma grande oportunidade, mas nós seguimos crescendo e incorporaremos mais projetos, pessoas e equipas, estamos muito esperanzados porque basicamente somos um grupo de amigos e longe de entorpecernos qualquer desenvolvimento, temos contado com apoios como Iberia, IAG7, Alsa, em projetos como o concurso do Imserso, que esperamos por verdadeiro que na próxima semana nos digam algo.

O núcleo original de Gowaii formou-se por um grupo de amigos que tinham sido diretivos e especialistas da indústria turística, em que os beneficia isto?

Basicamente porque conhecemos o negócio. Nós somos industriais, a grande maioria digamos os que são os capitães da companhia, são pessoas que conhecem bem o negócio, o viveram, têm conseguido coisas no sector, e nos podemos equivocar como todos, mas seguramente o menos possível através da experiência que temos acumulada em anos de trabalho.

Nesta aliança inovadora com Euroal, como a assumiram, que esperam dela, estarão aqui no próximo ano?

Como se sabe, compartilhamos o patrocínio com outras instituições e empresas como Iberia, a Mancomunidad de Municípios da Costa do Sol e Turismo Andaluz, por exemplo. Para nós, com Euroal é outra forma seguir incorporando aos mecanismos turísticos em todas suas vertentes, pouco a pouco. Surgiu-nos esta oportunidade e entendemos que para nós é uma janela e um nicho que a feira ocupa, sendo já um referente em seu terreno. Queremos seguir colaborando com eles e por suposto afundar em nossas relações e contribuir no que podámos no ano que vem, com mais tempo.

Acabas de voltar de Cuba, quais expectativas traz de lá?

Sempre tenho considerado a Cuba um país estratégico, por muitos motivos. Já quando a negociação com Royal Caribbean para a aquisição desses ativos que mencionei, nos sugeriam que nos retirássemos de Cuba e eu lhes disse que não. Em Cuba sempre nos tinham dado todas as facilidades e o que não ia fazer era trair a confiança que nos tinham dado. Se não estavam de acordo com isto, pela lei Helms-Burton ou como se chame, pois que não fazíamos o negócio e ao final, encontramos um ponto de acordo.

Quero dizer com isto que nós não entramos em Cuba como advenedizos últimos, porque levamos quase 20 anos no país. Para Cuba abrem-se agora novas oportunidades, acho que o bloqueio tem sido perverso com a Ilha e agora terá mais oportunidade de respirar e estar no mundo. Quanto ao país, não duvido que tem todo o necessário para sair adiante. Sobre o de que Cuba vai prejudicar a outros países do área, acho que não. Finalmente é todo um continente que é América Latina, para o qual voltamos à vocação que sempre temos tido por ele, e acho que beneficiará que Cuba possa ter uma planta hoteleira maior, que se gere mais negócio, porque ao final todos se apoiam em todos. Acho que ao final o que fará é reforçar a toda a região, que por verdadeiro é um paraíso único no mundo.

Trata-se do concurso estatal de viagens do IMSERSO, entidade que facilita turismo a baixo preço a maiores de 65 anos e aposentados. Para isso Mundiplan, união de empresas formada por companhias líderes e de prestígio no sector de viagens, tem apresentado ao IMSERSO uma proposta sólida, inovadora e muito atraente, fruto da qualidade e concorrência dos sócios que estão por trás da união e de sua experiência em viagens com maiores como provedores do IMSERSO e outros programas. Mundiplan formam-no Alsa, Gowaii, IAG7 Viagens e Iberia.

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