Cuba não tem preferência quanto ao comprador da empresa tabaqueira Altadis

A parte cubana da Habanos S.A. não tem qualquer preferência quanto ao aspirante à aquisição da Altadis, empresa com 50% de participação na Habanos, em parceria com a estatal cubana Tabacuba.

A empresa tabaqueira Altadis aumentou seu valor na Bolsa de Madri em 28,1% nos últimos três meses devido ao processo de venda, iniciado no mês de março pela britânica Imperial Tobacco que oferece 45 euros por ação, seguida pelos grupos de capital de risco CVC e Pai.

Manuel García, vice-presidente comercial da Habanos, negou que Cuba estivesse interessada na compra da Altadis pela Imperial, afirmando que seu governo não tem qualquer preferência.

García esclareceu que o aumento do valor da Altadis na Bolsa é bom para eles [a Altadis], mas não tem qualquer influência no valor da Habanos, pois esse valor não depende dos parceiros. "A Habanos é independente, temos um parceiro que é a Altadis, mas não somos uma empresa com cotização na Bolsa".

"No final do mês de maio, a empresa tinha registrado a mesma venda de 2006, em unidades, e os valores aumentaram 11% a partir da estratégia de venda de produtos de alto valor agregado", disse García.

Segundo explicou o executivo, há uma queda das vendas no Oriente Médio devido à situação da região, mas aumentam na Ásia-Pacífico e América, sem os EUA, por causa do embargo.

"Em 2007, o faturamento da Habanos - produtora dos célebres charutos Montecristo e Cohíba - poderia ser de US$ 400 milhões, contra os US$ 375 milhões do ano passado", afirmou o vice-presidente da empresa, acrescentando que a entidade aumenta sua cota de mercado, o que não é bom para os concorrentes.