Cuba reabre o hotel "Capri" com a "onda retro" de Havana dos anos 50

21 de Abril de 2014 3:56pm
claudia
Cuba reabre o hotel "Capri" com a "onda retro" de Havana dos anos 50

O "Capri", um dos emblemáticos hotéis de Havana dos anos cinquenta, reabriu suas portas trás uma remodelação com um toque de "onda retro" que recorda aquela época, quando se converteu em símbolo da presença da máfia estadunidense em Cuba.

A edificação, localizada numa das zonas mais concorridas da capital cubana, esteve fechada desde 2003 e a partir de 2010 foi sometida a uma reparação geral que preservou suas essências e tem lhe aportado ar de modernidade como o serviço de internet, wifi, e televisão por cabe nas suas 220 habitações.

O "Capri" é propriedade da marca Gran Caribe, do Ministério do Turismo cubano, mas sua administração é compartilhada com a companhia hoteleira espanhola NH, que tem voltado à ilha com este novo contrato, após 20 anos de ausência.

"Realmente o hotel é novo, o edifício foi feito novamente e incorporou-se lhe mobiliário e tecnologia atualizada para lhe dar o nível de conforto duma instalação de prestígio mas respeitando a sua estrutura original", disse o diretor geral do "NH Capri", Alfredo Vilchis Bravo, em entrevista com Efe.

Nas suas áreas, simplesmente ambientadas, primam as cores neutras como o ocre, verde claro, branco ou preto, com um desenho elegante e sóbrio colidente com o minimalismo.

Ainda que a sua apresentação oficial esteja prevista para maio durante a Feira do Turismo da ilha (FitCuba-2014), o hotel reabriu suas portas em dezembro e tem recebido desde então mais de 8.000 hóspedes, procedentes maiormente dos Estados Unidos, segundo informaram seus diretivos.

De momento, são dez os mercados donde se concentram os potenciais emissores do 80 % dos hóspedes do Capri, quem valoram sua privilegiada cercania a importantes centros culturais de Havana, donde podem conhecer o autóctone do país, disseram seus promotores.

O "Capri", inaugurado em novembro de 1957, conformou a flamante trilogia de construções hoteleiras mais modernas de sua época em Cuba, junto ao "Habana Riviera" e o "Habana Hilton", que tomou o nome de "Habana Libre", ao ser intervindo em junho de 1960 pelo governo cubano.

Sua construção foi uma obra executada pela companhia construtora de Jaime Canavés, um catalão chegado a Cuba em 1913, cujos filhos estevem associados no negócio dessa empresa e um deles, José Canavés, foi o arquiteto encarregado do seu desenho.

Explicou também que os visitantes estadunidenses têm chegado ao "Capri" através de agências como Amistur e San Cristóbal, encarregadas de administrar licencias para viagens de cidadãos desse país a Cuba ante o Escritório de Controle de Bens Estrngeiros (OFAC) do Governo dos Estados Unidos.

O fluxo de viajantes estadunidenses para Cuba cresceu nos últimos anos com um registro de 98.050 em 2012, segundo dados do Escritório Nacional de Estadísticas (ONEI), e apesar das restrições do bloqueio económico que aplica EUA à ilha desde 1962, esse país tem se convertido no sexto emissor de turistas.

O turismo é o segundo capítulo de ingressos em divisas para Cuba, após da exportação de serviços, e as autoridades do setor preveem uma afluência de três milhões de visitantes em 2014.

Back to top