Cultivos de coca diminuem na América do Sul, mas podem mover-se para novas áreas

04 de Março de 2011 9:35am

Relatório divulgado nesta quarta-feira pela Junta Internacional de Fiscalização a Entorpecentes (Jife), órgão ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), aponta uma diminuição global na produção de cocaína pelo segundo ano consecutivo, atribuída principalmente à significativa redução do cultivo de coca na Colômbia.

m 2009, a área total de cultivo ilegal de coca na América do Sul era de 158,8 mil hectares, 8,8 mil hectares a menos que em 2008. Na Colômbia, o cultivo de coca em 2009 chegou a 68 mil hectares, o que representa uma redução de 16%. Em contrapartida, a Bolívia aumentou a produção para 30,9 mil hectares (1%) e o Peru, para 59,9 mil hectares (7%).

De acordo com o estudo, os cultivos ilícitos para a produção de drogas tendem a mover-se para novas áreas em resposta às campanhas nacionais de erradicação de substâncias ilícitas. “A Junta está preocupada com a possibilidade de que, mantida a tendência atual, o Peru desbanque a Colômbia como principal produtor de coca no mundo, lugar que havia ocupado em 1996”, diz o relatório.

O documento também destaca que enquanto o mercado de cocaína vem diminuindo na América do Norte, que corresponde a cerca de 40% do mercado mundial, na Europa o consumo continua aumentando (30% do mercado). A América do Sul corresponde a 20% do mercado.
A América Central e o Caribe, que não têm participação significativa no mercado de cocaína, continuam sendo importantes rotas para o tráfico de drogas ilícitas procedentes da América do Sul com destino à América do Norte e à Europa.
Fonte: Agência Brasil

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