Entre sabores cubanos e peninsulares

Para Charo Val não há dias livres. Esta singular chef espanhola é a proprietária da empresa La Alacena del Gourmet e seu trabalho inclui os 365 dias do ano. Val participa pela primeira vez no Seminário Gastronómico Internacional Excelências Gourmet, em sua VII edição, ainda que já está familiarizada com o Grupo Excelências, pois sua revista Gourmet publicou um artigo sobre seu extraordinário trabalho.
¿Que serviços brinda La Alacena del Gourmet?
Começamos como uma empresa de serviços de catering, mas faz mais de cinco anos fornecemos serviços privados, ou seja, somos chefs pessoais que trabalhamos no domicílio do cliente. Oferecemos nossos serviços em barcos, mansões e jets privados.
Minha equipa além de cozinhar também realiza labor docente. Somos formadores de cozinheiros profissionais, oferecemos cursos específicos dentro do sector gastronómico, entre eles, para formar chefs executivos. Ainda que nosso maior sucesso se baseia num modelo de negócio que implementamos: gerar espaços dentro de outros espaços.
Visitamos restaurantes e hotéis onde consideramos que podemos contribuir elementos úteis, também abrimos zonas gourmets, mesas de sushi, coctelería, em fim, abarcamos um amplo espectro no mundo da gastronomia para dar o melhor serviço a nossos clientes.
Ante a avalanche de tendências e os diversos modelos de negócios nos serviços gastronómicos, ¿como conseguir se inserir e ter sucesso num mercado a cada vez mais inovador e competitivo?
Acho que a chave está na persistência e profissionalismo. Devemos sempre olhar para diante e para acima, ainda que também é útil olhar para os lados para ver que faz a concorrência, tomar do positivo e tratar, ao mesmo tempo, de marcar a diferença.
Tens que crer no que fazes, e continuar teu caminho sem calcar a ninguém. De facto, devemos ajudar aos demais pois o apoio que brindes também repercute em teu trabalho.
Eu trabalho 24 horas ao dia, todos os dias do ano. Levo esse ritmo faz mais de 11 anos. Um ano de meu trabalho equivale a 8 ou 9 de qualquer outra pessoa. Com isso quero dizer que o esforço é vital neste negócio.
¿Que expectativas lhe acorda este seminário?
Este seminário mais que o cenário perfeito para o intercâmbio de ideias é um espaço necessário para seguir evoluindo num país onde fica muito por fazer desde o ponto de vista gastronómico. Acho que estas iniciativas nas que participam pessoas de muitos países são sumamente proveitosas, pois nos contam de seu trabalho e experiências em diversos contextos.
Com tanta tradição espanhola na cozinha cubana, ¿como conseguir hoje em dia uma maior interação entre ambas gastronomias?
As cozinhas cubana e espanhola devem interagir hoje mais que nunca. Acho que é responsabilidade de Espanha tender sua mão a Cuba para conseguir que sua gastronomia se posicione no lugar que merece. A Ilha deve olhar para a península e dizer-lhe: “Vamos adiante e ajudemos a nossos cozinheiros a encontrar seu lugar dentro da gastronomia internacional”.
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