Especialista chinês recomenda se assentar em zona especial cubana Mariel
Em uma entrevista com Xinhua, Xu Shicheng, pesquisador do Instituto de América Latina da Academia de Ciências Sociais da China, disse que Cuba espera atrair a inversão estrangeira através de Mariel, e que oferecerá uma serie de políticas preferenciais para empresas estrangeiras estabelecidas lá.
Ditas empresas terão nesse porto, melhores condições, já que contarão com regimens tributários, de alfândegas, monetários e bancários especiáis.
A normativa da zona, uma obra de 465.4 quilômetros quadrados e a 45 quilômetros ao oeste de Havana, exime às companhias estabelecidas lá, dos impostos sobre a força de trabalho, as utilidades por dez anos e sobre a venda durante os primeiros 12 meses de operações.
Segundo Shicheng, terão prioridade as companhias de biotecnologia, energias renováveis, indústria alimentária, turismo e imobiliária, embalagens, e telecomunicações e informática.
A taxa de inversão interna de Cuba representa só um 13 porcento do seu PIB, cifra muito inferior à média do 23 porcento de América Latina. Até o ano 2012, o volume da inversão estrangeira em Cuba foi inferior a cinco bilhões de dólares. “O objetivo do estabelecimento desta zona é impulsionar a construção de infraestruturas, reforçar a exportação, atrair o investimento estrangeiro, introduzir tecnologias avançadas, criar mais oportundades de emprego e promover o desenvolvimento econômico do país”, disse Shicheng.
O porto, situado no centro de América Latina e o Caribe, vai se convertir numa importante base de transporte de mercadorias e oferecerá serviços a Estados Unidos, México e os países caribenhos e centro-americanos, predisse Shicheng.”O estabelecimento da zona especial promoverá o desenvolvimento de Cuba e lhe ajudará a romper o bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos”, predisse o pesquisador.