Festival do Fogo: evento mais relevante das terras banhadas pelo Mar Caribe

O Festival do Caribe ou do Fogo, sediado em Santiago de Cuba, é o evento internacional artístico, acadêmico e comunitário mais relevante das terras banhadas pelo mar de igual nome, assegurou hoje Orlando Vergés, diretor da Casa do Caribe na oriental cidade.

Vergés participa na turnê promocional por várias cidades mexicanas para a apresentação turística Cuba-México que tem como lema: unidos povos, história, cultura e tradição.

A edição 36 do festival - de 3 a 9 de julho - estará dedicada ao Equador, e será um grande festival de solidariedade com um povo que tem sofrido os embates da natureza.

A cada ano, assegurou, é maior a presença de turistas, de intelectuais, acadêmicos, estudantes que desfrutam das atividades teóricas e culturais, exibição de movimentos artísticos, artesanato, artes plásticas e do colorido e da música mais representativa do Caribe.

O festival convoca entre 800 e 1.200 mil participantes de mais de 30 países, e suas atuações são presenciadas por cerca de 25 mil pessoas diariamente, é o exemplo mais significativo de como deve ser o turismo cultural em Cuba, acrescentou.

É um verdadeiro festejo que exalta as raízes mais autênticas da espiritualidade do cubano, surge em abril de 1981 com o título de Primeiro Festival das Artes Cênicas de Origem Caribenha.

A Festa do Fogo tem como extensão o Carnaval Santiagueiro que envolve a população e tem como ritmo característico as trombetas chinesas, suas máscaras, ornamentos e fantasias por ocasião da celebração do Patrono da vila, Santiago Apóstolo, acrescentou.

Suas raízes mais profundas, apontou, estão vinculadas ao campo, às áreas suburbanas, quando a licença era concedida aos escravos - submetidos aos seus amos, às autoridades civis e eclesiásticas - para suas farras.

Além de contribuir para o fortalecimento da identidade cubana e dos povos da região do Caribe, une também os grupos descendentes do tráfico de mão de obra escrava, do negro africano e com isso sua cultura.

Olhando estes fatores, pontuou Vergés, pode se falar de um Grande Caribe, terras adentro em áreas profundas do México onde houve presença africana, como também pode se encontrar a diáspora em lugares tão distantes como Paris e outras grandes cidades, inclusive nos Estados Unidos.

México, explicou, é um dos tradicionais participantes do festival pelos nexos históricos entre ambas nações desde os tempos da colonização, as guerras de independência e a última etapa de lutas até a atualidade, assim como a afinidade e os vínculos culturais.