Festuris tem sabor de futuro

Ao encerramento da Feira Internacional de Turismo Festuris 2018, Eduardo Zorzanello -diretor do evento- manifestou seu beneplácito com o crescimento da cita, que em sua edição 30, de 7 a 10 de novembro, registrou um aumento de 10 % com relação ao ano anterior.
"A expetativa de gerar 300 milhões de reais em volume de negócios é praticamente comprovada e o impacto na economia local foi de 20 milhões de reais, já confirmados", afirmou Zorzanello no encerramento.
Caribbean News Digital tive a oportunidade de conversar em exclusiva com o diretor de Festuris, em Gramado, Rio Grande do Sul, Brasil, e indagar sobre as projeções do prestigioso evento.
Em que tem contribuído este evento na internacionalização de Gramado?
 -Festuris em grande medida, graças a minha mai. Marta Rossi, tem tido a capacidade de desenvolver o destino, de transformar a cidade de Gramado em um mundo profissional onde as empresas e o poder público souberam que a matriz económica do turismo poderia mudar o enfoque da cidade. Os eventos, o turismo de prazer e o turismo de negócios movem multidões, são mais de seis milhões de pessoas as que assistem para Gramado hoje. Em termos internacionais, Gramado se projetou para o mundo. Quando se fala de Brasil se fala das praias e de sol, das mulatas. Poucos conhecem este Brasil diferente, então é um desafio muito grande conseguir lograr sucesso para convencer um espanhol, um italiano, um alemão, um português de que venham pela primeira vez para o sul de Brasil.
 Mas que tem no sul?
Muitos assistem aqui pelas quedas de Iguaçu, porque é algo natural, mas os que vêm se namoram de Gramado que é um pedaço de Europa, se namoram por seus eventos, sua calidez, sua comida, por toda essa parte de entretenimento que Gramado tem. Nós queremos cada vez mais promover o destino para Europa, e que Europa estivera presente em Festuris entanto destino, porque os agentes de viagem de Brasil têm e devem vender seu país: que tem mil coisas e atraentes maravilhosos. Nós queremos que aumente o número de emissores de Brasil para lá. Air Europa começará voar a Iguaçu em 2019, mas não existem conexões entre Iguaçu e Gramado.
Tem algum acordo ao respeito?
-Esse seria interessante. A via para exploda-o seria algum acordo de Air Europa com Azul, que tem voo direto de Iguaçu a Porto Alegre. Nós queremos estabelecer o aeroporto internacional de Gramado, mas é difícil porque nós estamos a 80 quilómetros de Caxias do Sul, que tem seu aeroporto, e estamos a 120 quilómetros de Porto Alegre. Se Porto Alegre cresce, melhoram as coisas e mais aviões grandes podem vir. Tal vez a Ibéria poda meter um voo Madrid-Porto Alegre e seria outra situação, ou de outra maneira com Air Europa por Iguaçu e daí com Azul para Porto Alegre e fazer tal vez com Floripa um circuito. Também nós temos o grande projeto nomeado Uzuhemelde: uma integração de Santa Catarina com as praias, Foz do Iguaçu com a natureza e Gramado e Serra Gaúcha com toda a beleza natural, aparte do entretenimento e da gastronomia.
Festuris tem prevista uma estratégia para adaptar-se à nova tecnologia e ao novo sistema de feiras?
 -Muitos dos segmentos que estamos trabalhar já vêm com esta ideia de agendamento, de reuniões, seguindo um pouco o perfil de ITB Berlin, de WTM, e até o mesmo de FITUR: nós criamos mais interação, experiência com os estandes, vendemos experiências, conhecimentos, conteúdos; isso é outra maneira. Nós queremos buscar novos players de alta tecnologia e dize-lhes que eles são bem-vindos ao mercado de turismo para trazer soluções e não lhes ter como inimigos.