Governo relança privatização da TAP no início de 2014
"Deverá recomeçar no próximo ano. Todo o programa deve começar, diria, no primeiro trimestre do próximo ano", declarou Fernando Pinto, citado pela Reuters, em Viena, na Áustria, à margem da reunião da Star Alliance, parceria da qual a TAP faz parte.
O CEO da companhia aérea nacional acrescentou ainda não acreditar que os maiores operadores europeus, como a Lufthansa ou a International Airlines Group - dona da British Airways, Iberia e Vueling - manifestem interesse. "Têm os seus próprios problemas", frisou Fernando Pinto.
Em entrevista ao Económico no final de Novembro, o ministro da Economia, Pires de Lima, afirmou que a venda da TAP poderia ocorrer em 2014, sem precisar qual o trimestre para o reinício da privatização.
"Pensamos que em 2014 isso pode acontecer, não me pergunte é em que trimestre. Não queremos repetir a experiência que vivemos em 2012", referiu Pires de Lima nessa entrevista.
Em Dezembro de 2012, o Governo recusou a proposta de compra do grupo Synergy, do empresário Efromovich, para a TAP, alegando que a mesma não dava "as garantias adequadas". Maria Luís Albuquerque, na altura secretária de Estado das Finanças explicou, na altura, que a proposta representava um encaixe líquido para o Estado de 35 milhões de euros e a recapitalização da empresa superior a 300 milhões, em duas fases, a que acrescia a assunção de um passivo (dívida) na ordem dos 1,5 mil milhões de euros.
Ao que o Económico apurou posteriormente, em causa esteve a falta de garantias para as contingências com a operação de manutenção no Brasil que rondavam na altura os 300 milhões de euros.