Grupo Excelencias apresenta Edição Especial da sua revista para FITCuba 2014
Como parte das ações que vai desenvolver o Grupo Excelencias na Feira Internacional de Turismo FITCuba 2014, estão a apresentação duma Edição Especial da sua revista Excelencias Turísticas.
A revista número 123 tem 144 páginas, e uma seção dedicada à relação histórica, cultural, económica e turística entre Cuba e a França, com artigos assinados por relevantes pesquisadores, ensaístase jornalistas.
Contem também uma entrevista exclusiva como ministro de Turismo Manuel Marrero sobre as relações atuais e futuras do turismo cubano francês. Em outra das suas seções se fala sobre Havana como polo turístico mais importante do país, sede de FITCuba.
A revista inclui um especial sobre Rastro de Hemingway em Havana, Infinidade de publireportagens sobre os principais hotéis e grupos de entretenimento e serviços extra-hoteleiros do país, a cultura, a arte, a música com o Festival da Toronja.
Mesmo assim, poderá se disfrutar da leitura de reportagens sobre parques naturais de Venezuela, festivais de música de verão em Curaçao, uma seção especial sobre Panamá, com várias reportagens sobre esse país e outro especial de Viagens por Excelências, dedicado a Torremolinos, donde nasceu o turismo da Espanha (a Costa do Sol, zona na que foi instituído o dia do Turismo), e tem lugar este ano a nona edição da Feira Euroal (Europa, América Latina).
A publicação conta entre suas novidades com uma entrevista exclusiva como secretario geral da Organização Mundial de Turismo.
Editorial da Revista 123: França e a rota cubana ao Caribe
Cuba e França têm muitos mais laços históricos, culturais e humanos do que qualquer uma pessoa pode imaginar a primeira vista. Na cultura do café, por exemplo, que colonos franceses estenderam desde Haití por toda a bacia caribenha. Algumas impressões ficaram gravadas de forma inapagável. Na arquitetura das plantações ou nos bairros citadinos, como ocorre em El Vedado, um dos mais elegantes de Havana. Na presente edição de Excelencias damos conta de marcos pouco conhecidos dessa relação.
Desde o ano passado anunciou-se que a Feira Turística Internacional Cuba 2014 estaria dedicada a França, como país invitado de honra, num gesto de reconhecimento à importância do mercado emissor francês. A menos dum mês da inauguração desta cita, a visita a Havana do ministro francês de Relações Exteriores, Laurent Fabius, -qualificada de “histórica” por ser a primeira dum funcionário de seu rango nos últimos 30 anos- revelouo interesse de Paris em explorar oportunidades de negócios nos setores económicos estratégicos, entre eles o turismo.
A inauguração a princípios deste ano dum megaporto para suoercontêiners Pospanamax, construído com financiamento do Brasil na Zona Especial de Desenvolvimento de Mariel, 45 quilómetros ao oeste de Havana e num ponto estratégico da geografia caribenha, destacou outro aspecto da competência entre as potencias emergentes e tradicionais para se afincar do modo mais vantajoso possível nesta região de forte crescimento económico, rota de transito de centos de cruzeiros e buques mercantes.
Rússia e China aproveitaram na última década seus antigos vínculos para utilizar a escala cubana numa forte expansão para o Caribe e América do Sul. A sua vez, destinos turísticos centro-americanos e caribenhos procuram atrair ao maior número de viajantes procedentes da Europa, em particular novos mercados emissores de alto poder aquisitivo como a Rússia, ou tradicionais como Alemanha e Grão Bretanha, entre outros. Costa Rica e República Dominicana ilustram com exitosos resultados sua gestão. Com essa finalidade eliminam todos os problemas existentes até o momento como o requerimento de visto. Por outro lado, constroem, ampliam ou modernizam aeroportos e estimulam o incremento da conectividade aérea com a Europa e América do Norte. Aexpansão de Air France em Cuba, donde já tem 14 voos semanais, evidencia a força duma estratégia atenta a cada uma das oportunidades que se apresentem.
França, e com ela a União Europeia, querem ampliar seus laços comerciais com América Latina econsidera a Cuba um ator regional importante. Não os surpreende. Por isso preparávamos uma edição que se propôs contribuir a entender raízes e desenvolvo desta interessante evolução no âmbito caribenho, ao que dedicamos nossa maior atenção.
José Carlos de Santiago
