Jumagua: os mogotes do centro de Cuba

É um facto, quando se fala de mogotes em Cuba, o pensamento vai para Viñales, na província de Pinar del Rio, mas no centro da Ilha, em Sagua la Grande, existem também, e são considerados os únicos de seu tipo nesta região do país.

Como gigantescos elefantes varados na planície, descansam as oito elevações que desdenham o tempo e o desconhecimento de alguns. Os de Jumagua não sabem de mordomias geográficos e embelezam o lugar confiados em seu majestuosidade inegável.

Localizados a escassos quilómetros da cabeceira municipal, os montículos constituem ponto de referência na estrada do Circuito Norte que une à cidade de Sagua la Grande com Quemado de Güines e coroam o lugar como Reserva Ecológica de Cuba.

Os Mogotes de Jumagua representam, ademais, o último vestígio do que fosse a zona arborizada do território, substituída por parcelas que hoje se dedicam ao cultivo agrícola, um dos principais sustentos da conhecida Villa do Undoso.

O visitante que se aventure por estes lares observará a Hemithrinax ekmaniana, uma planta endémica da zona e em perigo de extinção que se conhece comumente como a palmita de Jumagua ou Yuraguancillo.

No entanto, não é a única relíquia dos lugares pois o singular roble anão, a acompanha igualmente no estrelato do património natural da humanidade.

Inscrições a mais de um século previvem nas grutas, atribuídas quiçá à familiaridade de aborígenes, piratas e mambises, componentes essenciais na história do terrunho e da nação toda.

Os Mogotes de Jumagua são a prova factual de que os de Viñales não estão sozinhos.