Líderes de governos e organizações chegam a Havana para Cúpula da CELAC

A II Cúpulada Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC), que terá lugar os dias 28 e 29 no recinto de Pabexpo, em Havana, com a assistência de representantes de 33 países e territórios da região, está presidida por sessões dos comitês de especialistas, iniciadas o sábado e pelo segmento ministerial, que esta segunda-feira revisará e alistará mais 30 declarações especiais, a Declaração da Havana e o Plano de Ação para 2014, textos que devem ratificar os chefes de Estado.

Alguns dos ministros que tem chegado a Havana são: os ministros de Relações Exteriores de Uruguai, de Trinidad e Tobago, San Cristóbal e Neves, Belize e Suriname. Este mesmo domingo esperabam se, também, seus colegas de Barbados, Santa Luzia, Bahamas, República Dominicana, El Salvador, Equador e Costa Rica.

A presidenta Dilma Rosseff, que chegou o domingo, participará junto ao mandatário cubano, Raúl Castro, na inauguração do primer segmento do porto do Mariel, parte da Zona Especial de Desenvolvimento de Mariel, o projeto econômico e de investimento mais importante que executa a Ilha e no qual tem um rol finque a colaboração brasileira.

A obra tem sido executada pela construtora brasileira Odebrecht e conta com o financiamento de 682 milhões de dólares do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), o banco de fomento do governo brasileiro. A inversão total prevista é de 957 milhões de dólares.

Em tanto, o Secretário Geral da ONU, Ban Ki-Moon, viaja a Cuba por primeira vez em sua condição de titular da organização mundial. Um vozeiro das Nações Unidas disse à imprensa que, trás sua chegada à capital cubana na meia-noite, Ban se reunirá com líderes cubanos e da CELAC, o bloco de integração criado a finais de 2011 em Caracas, impulsado pelo falecido ex-presidente venezuelano, Hugo Chávez.

Além de Rousseff, o próprio Ban Ki-Moon, Portia Simpson-Miller e Enrique Peña Nieto realizarão uma visita oficial ao país.

Sobre as reuniões de especialistas, o vice-chanceler cubano, Abelardo Moreno, declarou à imprensa que o borrador da Cúpula é um documento muito completo que contribui à consolidação do bloco.

Sobre o conteúdo da declaração final da cita presidencial, Moreno disse que promove a unidade da região "com soberania, com flexibilidade" e "fomento da participação ativa" de seus 33 sócios.

O texto aborda os “problemas fundamentais” que afetam aos países de América Latina e o Caribe, entre eles o combate à pobreza e a desigualdade, o tema central da cúpula, o meio ambiente e os direitos dos povos originários e afrodescendentes; e apoia o “legitimo reclamo” da Argentina no processo de disputa pela soberania das Ilhas Malvinas, rejeita o bloqueio de EUA contra Cuba, e sobre Porto Rico, insta manter a luta “em pro da eliminação total do colonialismo na regiao”.