Luanda acolhe centro de negócios brasileiro

01 de Dezembro de 2010 10:52pm

Depois de ter aberto sete centros de negócios em diversos continentes, a Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimento (Apex-Brasil), abriu o oitavo Centro de Negócios, em Luanda, que serve de plataforma para atrair investimentos do continente africano para o Brasil. O escritório está situado no centro empresarial do Belas Business, Talatona.
Centros de negócios da Apex-Brasil auxiliam as empresas brasileiras nos principais mercados globais instalados em Pequim (Ásia), Dubai (Médio Oriente), Miami (América do Norte), Havana (América Central e Caraíbas), Varsóvia, Moscovo e Bruxelas (Europa l) e agora em Luanda (África).
Apoiar as exportações brasileiras para África, identificar as oportunidades de negócios e apoiar a materialização e implantação das empresas brasileiras no mercado angolano, são também objetivos do Centro de Negócios.
A agência facilita e coordena os esforços de atração de investimentos estrangeiros, dando suporte às entidades regionais em todo país.
“Esta é uma grande oportunidade para que os empresários angolanos, aproveitando a experiência e conhecimentos dos brasileiros, inovem mais e rapidamente criem condições para fazer de Angola uma porta de entrada para um mercado muito mais amplo”, referiu a ministra do Comércio, Idalina Valente, presente no ato de abertura. Com estas iniciativas, sublinhou Idalina Valente, é possível aproveitar da melhor forma possível o que se produz em Angola e melhorar a sua qualidade para fazer chegar aos consumidores mais produtos e serviços, aumentando o número de consumidores.
“Diversificar a fonte de produtos de Angola é prioridade”.
Empresas angolanas

O secretário do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) do Brasil, Welber Barral, disse que as possibilidades de os empresários angolanos investirem nos mercados brasileiros são grandes, já que o país aumenta cada vez mais os seus níveis de importação, que no último cresceram em 45 por cento.  
Welber Barral disse ser importante para o Brasil a abertura do Centro de Negócios em Angola, já que o país é escolhido para ser um ponto de negócios mas também para ser a entrada do Brasil em África. Segundo ele, o trabalho das empresas brasileiras e angolanas, e também as de outros países africanos, fortalecerá o mercado regional.   
O secretário para o Comércio Exterior do MDIC brasileiro disse que existem 26 projetos de cooperação entre Angola e Brasil, em diversas áreas como medicina, educação, cooperação e formação, agricultura, agro-negócios, construção civil, máquinas e equipamentos de alimentos.
O secretário do Comércio Exterior anunciou que o Brasil pretende em breve cooperar na área de produção de alimentos. Anunciou que há fortes possibilidades de ser aberta uma linha de crédito que visa potenciar os produtores de alimentos com equipamentos para a otimização dos níveis de produção. Esta experiência teve sucesso naquele país sul-americano. Esse projeto pôde desenvolver-se e ter resultados positivos, com a governação do Presidente Lula da Silva.
Parceria bancária

O director da Apex-Brasil, Ricardo Shaefer, considera o Centro de Negócios uma plataforma para a internacionalização das empresas brasileiras e anunciou para breve a criação de uma parceria entre o Banco Espírito Santo (BESA) e o banco brasileiro Bradesco para operarem em conjunto nos países africanos. As operações começam em Angola para fomentar o comércio exterior, embora não existam datas para o início das suas operações.

Exportações brasileiras

As exportações brasileiras para Angola alcançaram em 2008, o valor de 1,9 mil milhões de dólares, colocando Angola na posição de maior parceiro comercial do Brasil em África. Em 2009, estes valores desceram para 1,3 mil milhões de dólares. Este ano, houve uma queda de 32,9 por cento em relação a 2009, e o valor foi de 771,9 milhões de dólares, numa altura em que as transações cresceram em 0,8 por cento nos dez primeiros meses de 2010, passando de 1,226 mil milhões para 1,236 mil milhões de dólares.
Nesse período, o Brasil exportou para Angola 68,1 por cento de produtos industrializados e 22,9 por cento de produtos básicos, segundo dados da MDIC.
Fonte: Jornal de Angola
 

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