Ministro espanhol afirma que seu país não faz concorrência desleal no Brasil

02 de Novembro de 2007 5:31am
godking

O ministro da Indústria, Comércio e Turismo da Espanha, Joan Clos, em visita a Salvador para se reunir com empresários do setor turístico, garantiu que o seu país respeita as leis contra a concorrência desleal.

Clos respondeu assim às críticas de empresários brasileiros que acusam companhias espanholas de concorrência desleal. Eles alegam que os espanhóis contam com grandes incentivos por parte do Governo em Madri para concretizar investimentos no Brasil.

"Cumprimos as normas da Organização Mundial do Comércio para impedir qualquer vantagem ilegítima de um investidor", disse Clos em declarações à EFE.

O ministro disse que a Espanha faz parte do grupo de países que favorecem a segurança jurídica e a transparência, "justamente para facilitar o comércio internacional".

Por isso, acrescentou, "nada mais longe de nosso interesse que fomentar uma prática que não seja de transparência e legalidade".

Clos se reuniu recentemente na capital baiana com representantes das companhias aéreas espanholas Iberia e Air Europa, e de grupos de hotelaria como Meliá, Marsans e NH Hotels, para dar impulso à atividade turística no Nordeste.

Além do investimento espanhol em turismo, há os feitos em telecomunicações, infra-estrutura, energia e concessões - como as obtidas recentemente em rodovias federais.

Entre as mais recentes operações espanholas no Brasil, está também a compra do Banco Real pelo Santander, como resultado do acordo para a aquisição das ações do grupo holandês ABN Amro e os planos de expansão da Telefónica.

Clos disse que a avaliação dos empresários de turismo é "positiva", mas resta resolver problemas de infra-estrutura básica (como saneamento), burocráticos e de comunicações, já que o transporte aéreo é insuficiente.

"Existe o compromisso de continuar investindo. Há novos projetos em andamento, o que prova o grande interesse que a região desperta", disse o Ministro.

Carlos Chivite, porta-voz da Comissão de Indústria, Comércio e Turismo do Grupo Parlamentar Socialista, disse que não há nenhuma intenção de empreender uma "segunda colonização", mas de favorecer as relações entre os dois países.

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