O sistema aéreo argentino está em crise segundo pilotos e controladores
Pilotos e controladores da aviação comercial argentina consideram que a segurança aérea atravessa uma crise e que o governo oculta o problema, critério negado pelo governo, que avança na entrega do controle aéreo às autoridades civis.
César Salas, presidente da Associação de Controladores Aéreos, afirma que a sobrecarga de trabalho e as pressões exercidas pelas autoridades militares aumentam o risco de acidentes nos vôos comerciais.
Para o ex-piloto e cineasta Enrique Piñeyro, que no filme "Whisky, Romeo, Zulu" mostra a queda de um Boeing 737 sobre Buenos Aires em 1999, a ministra da Defesa não tem como enfrentar a crise.
No entanto, Garré ratificou recentemente no Congresso que há segurança na aviação e que as denúncias dos pilotos sobre situações de quase colisão de aeronaves podem ter sido intencionais.
Já Gabriela Logatto, representante para a América do Sul da Federação Internacional de Controladores Aéreos - FICTA, considera que as dificuldades de infra-estrutura na Argentina aumentam pelo incremento das operações no aeroporto de Ezeiza nos últimos anos.
O presidente Néstor Kirchner admitiu na semana passada que há problemas de segurança aérea que atribuiu a um sistema "esvaziado durante anos", confirmando a chegada ao país no mês do junho do radar emprestado pela Espanha para amenizar a situação.
