Ofensiva de investidores espanhóis no Brasil
O resultado do leilão de rodovias federais realizado na terça-feira (09) pelo governo federal brasileiro é um dos exemplos mais recentes da ofensiva de investimentos da Espanha no Brasil. As empresas de origem espanhola OHL (Obrascón Huarte Laín) e Acciona levaram seis dos sete lotes ofertados, ou 2.278 quilômetros de um total de 2.600.
A OHL já administra quatro rodovias do estado de São Paulo. Em 2006, seus lucros foram de US$ 238,4 milhões, uma mostra de competitividade no negócio.
O Grupo Telefónica, maior investidor estrangeiro no Brasil, prevê investimentos de US$ 7 bilhões até 2010.
Já no leilão de linhas de transmissão promovido em dezembro de 2006, as espanholas Abengoa e Isolux ficaram com quatro dos seis trechos oferecidos. E os espanhóis estão longe de recuar. As Isolux Wat, Cobra Instalaciones, Abengoa e Cymi Holding S.A. já estão qualificadas para participarem do próximo leilão de 7 de novembro, desta vez de nove linhas de alta tensão cujo investimento será de US$ 600 milhões.
A espanhola Repsol YPF é a segunda empresa de exploração petrolífera no Brasil, uma de suas zonas de maior expansão no mundo, operando 19 blocos nas bacias de Santos, Campos e Espírito Santo.
O Banco Santander - do consórcio formado pelo Royal Bank of Scotland (RBS), Fortis e a entidade espanhola - fez parte da maior negociação da história do setor financeiro brasileiro ao comprar os ativos do grupo holandês ABN Amro. A negociação dará ao banco espanhol o terceiro lugar no ranking dos maiores bancos do Brasil, desafiando assim os brasileiros Itaú e Bradesco.
O Santander tem ativos totais de US$ 69 bilhões no Brasil e 7,8 milhões de clientes.
No turismo, os espanhóis dominam o boom imobiliário no Nordeste, liderados por Iberostar, com cifras invejáveis.
Fonte: El Mundo e Agências