Paris: “Agentes devem ajudar clientes a replanejar viagem”

Destino que mais recebe turistas internacionais, a França sofreu um baque na última sexta-feira (13) com uma série de ataques terroristas que deixaram – até o momento – 129 mortos. De acordo com a presidente da Braztoa, Magda Nassar, neste primeiro dia útil após os fatos não há notícias de cancelamentos, mas ela acredita que os passageiros deverão alterar as viagens para a Europa que passam por Paris, especialmente neste momento em que tudo é muito recente.

“Devem acontecer alguns cancelamentos, mas acredito que teremos muitas alterações. Eu não recomendaria que os passageiros deixem de viajar para a Europa, mas neste momento delicado, devem optar por outras cidades”, afirmou Magda ao M&E. “Os agentes devem ajudar os seus clientes a encontrar alternativas e replanejar a viagem”, complementou.

A dirigente explicou que, como as companhias estão com preços muito atrativos e muitas fazem escalas em diversos destinos da Europa, a alteração não deve ser difícil. Além disso, ela acredita que as aéreas serão solidárias aos turistas em um momento como este e que não cobrem pela remarcação dos trechos. “Esperamos que isso aconteça e que os clientes possam pensar em uma alternativa”, finalizou.

Vendas difersificadas - A operadora Françatur já havia decidido diversificar a venda de pacotes internacionais desde o início da crise econômica e a oscilação do câmbio. Diante dos acontecimentos do último dia 13 a operadora decidiu reforçar ainda mais os pacotes fora da França. Segundo o diretor-presidente Antonio Charbonnieres o momento não é propício para investir no mercado francês.

"Criamos a operadora vendendo exclusivamente França e hoje esse destino só representa 20% nas vendas. Acredito que enquanto perdurar o estado de sítio determinado pelo governo, o brasileiro não terá interesse em viajar a Paris ou outro destino da França", destacou. O dirigente afirmou que até o momento não houve cancelamento dos pacotes vendidos. "Ainda é cedo e o cliente está avaliando a situação, mas nessas primeiras horas pós-atentados não houve mudança de planos", esclareceu.