Que ganharam em Havana os grandes chefs e acadêmicos internacionais?

21 de Julho de 2014 5:19pm
claudia
Que ganharam em Havana os grandes chefs e acadêmicos internacionais?

Cuba voltou a ser destino para os amantes da arte da boa mesa, que chegam do mundo todo atraídos pelo potencial culinário que se gesta nesta pequena naçao do Caribe. Assim o confirmou a chegada à Cuba de prestigiosas figuras da alta cozinha internacional que, junto a profissionais cubanos da gastronomia e o turismo, participaram no IV Seminário Gastronômico Internacional Excelencias Gourmet, entre os dias 16 e 18 de julho, no Hotel Meliá Cohiba.

A seguir suas impressões:

“Por em valor cozinha cubana”: Alfonso Marín Caffarena, Secretário Geral da Academia Ibero-americana de Gastronomia:

É a primeira vez que participo num Seminário de Excelencias. Mas acho que é uma idéia brilhante porque é preciso por em valor à cozinha cubana toda, saber as novidades, as tradições, as últimas tendências que estão atingindo nível internacional. Eu participo mais que como palestrante, como aprendiz.

O interesse que têm os países, para que seja criada a Cátedra de Gastronomia de Cuba é muito alto. É um foco que queremos por sobre este país, como exemplo de superação, do percorrido que tem feito nestes últimos anos.

Cuba é transcendental em todo o que faz. A Revolução tem sido um expoente mundial do que pode se fazer por uma mudança. O nível cultural, de influencia internacional que tem este país é altíssimo. Cuba tem sido excepcional e a sua gastronomia não vai ser a exceção.

É missão da Cátedra de Gastronomia Cubana iniciar a formalização para sua criação.  Não concebemos que siga se avançando em mais países, e Cuba se quede atrás.

“Nosso futuro está em boas mãos”: Claudio Ferrer, presidente para América da Associação Mundial de Sociedades de Chefs (WACS)

Comigo vai se a alegria do povo cubano todo, e o ter sido testemunho do talento culinário de há. Para mim que a gente se desenvolva é o mais importante. Vindo à juventude dou me conta de que o nosso futuro está em boas mãos.

De agora em adiante é um compromisso, que tem que fazer o Grupo Excelencias, que tenho que fazer eu e os maestros todos, para treinar a equipes que salgam internacionalmente, para que poda triunfar um país tão lindo como Cuba, com tão bom charuto, rum e sabor.

É a primeira vez que participo no Seminário. Tenho aprendido muito e fico mais que comprazido com a organização do evento. Todos têm se esmerado para que sintamo-nos muito bom. Mas os chefs internacionais que participamos, damo-nos conta de que da para mais. Podemos estender o evento até um dia mais de concorrências. Temos dado muito em dois dias e meio. Acho que poderiam ser até quatro.

 “Um exemplo da tradição do serviço”: Raúl Vaquerizo, professor e consultor gastronômico internacional

O evento é fantástico e a organização maravilhosa. O que mais tem me impressionado é o entusiasmo que há agora na gastronomia em Cuba, o empurre que se lhe quer dar.

Fiz uma escapada de dez minutos para olhar o projeto de Arte Chef, e pareceu-me fantástica essa pequena escola que estão a criar. E embora seja pouco a pouco, se percorre um logo caminho. O bom é começar a andar.

Outra coisa que acho importante sublinhar é que estamos vindo o nível de serviço de sommelier e chefs, de conhecimento, que já na Espanha às vezes não há. Lá são poucos os restaurantes que nestes momentos podem brindar um serviço de sommelier, e de atenção ao cliente como o estou assistindo aqui, desenvolto com conhecimento e com essa atenção para o comensal.

Quando trabalhei em Cuba há sete anos, em Cayo Ensenacho, os chefs cubanos que trabalharam comigo tinham muita fome de conhecimento para evolucionar. O que tenho assistido é que existem muitos restaurantes que estão cozinhando muito bom, que são verdadeiros profissionais da cozinha, e que agora o único que têm fazer é avançando e polir o conhecimento.

“Com muito pouco, se faz muito”: chef espanhol José María González Blanco, do Restaurante Blanco Enea, em representação da cidade de Córdoba, Capital da Cultura Gastronômica em Ibero-américa 2014

Para mim tem sido uma experiência muito gratificante. Porque tenho aprendido em três dias o que acho que não tinha aprendido em oito anos. Não aprendes a cozinhar senão a manejar a cozinha de outra forma.

Eu acho vir aqui tem sido um choque, tem suposto uma mudança. Porque nós na Espanha temos muito. Vir aqui, e começar trabalhar com muito pouco, te faz mudar de visão. Como com muito pouco se faz tanto?

Essa é a experiência que vou me levar após visitar Havana e ter compartido com Excelencias Gourmet. O evento tem sido organizado muito bom. Não tem tido falha alguma, tem se preocupado por todos, não tem faltado nenhum detalhe.

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