Turbulência nos céus americanos
A fusão da Delta Air Lines e Northwest Airlines criam a maior companhia aérea do mundo, enquanto a American Airlines, a maior até agora, anuncia prejuízo de US$ 328 milhões no primeiro trimestre e a Continental de US$ 80 milhões no mesmo período. Por outro lado, algumas empresas aéreas, atingidas pela crise nos Estados Unidos, solicitam amparo da lei de Falências.
A Delta, terceira companhia americana em número de passageiros, e a Northwest, quinta dos EUA, se unirão sob o nome de Delta e a direção caberá ao presidente do conselho da primeira empresa, Richard Anderson.
"A fusão ajuda a compensar a alta dos custos do petróleo e a criar uma companhia mais forte e mais competitiva num ambiente de céus abertos, num momento em que as empresas estrangeiras dominaram as rotas com destino aos Estados Unidos", afirma um comunicado conjunto.
Por outro lado, a American Airlines, anunciou um prejuízo de US$ 328 milhões, ou US$ 1,32 por ação, no primeiro trimestre deste ano. No mesmo período de 2007, a companhia aérea havia registrado lucro de US$ 81 milhões, ou US$ 0,30 por ação.
Um aumento recorde de 45% nos custos dos combustíveis prejudicou o resultado da empresa, que anunciou congelamento de contratações e novas reduções de capacidade.
Na semana passada, a companhia teve de cancelar cerca de 3 mil vôos, devido às revisões técnicas nos MD-80.
Também a Continental teve um mau desempenho no primeiro trimestre com perdas de 80 milhões de dólares, enquanto no mesmo período de 2007 teve lucros de 22 milhões.
Quanto à low cost Southwest seus lucros passaram de 93 milhões no primeiro trimestre de 2007 para 34 neste ano.
Por outro lado, a Skybus Airlines anunciou que iria cancelar todos seus vôos nos próximos dias, a Aloha Airliens, Champion Air e ATA Airlines já tinham cessado suas operações devido aos altos preços do combustível e a Frontier Airlines procura amparo no Capítulo 11 da Lei de Falências.
A disparada dos combustíveis e a desaceleração econômica dos Estados Unidos devem mergulhar outras companhias aéreas em resultados negativos. As empresas estão conseguindo crescer no mercado internacional, mas a competição acirrada e o aumento de quase 30% nos preços dos combustíveis desde janeiro é uma situação que algumas aéreas não podem superar.
Da Redação e Agências
