Turismo cubano amplia recepção de visitantes de cruzeiros

Cubarecebeu neste ano quase 20 mil visitantes de cruzeiros e as perspectivas são promissórias para o Caribe, convertido num dos principais destinos mundiais para essa modalidade turística, avaliou hoje um experiente.
Para o pesquisador José Luis Perelló, professor da Faculdade de Turismo da Universidade de Havana, conjunturas internacionais reforçaram em 2015 a preferência das grandes companhias de cruzeiros pelo Caribe, entre elas a crise migratória em Europa que afeta ao Mar Mediterrâneo.
No caso particular de Cuba, distinguiu que altos executivos de empresas de cruzeiros estabeleceram contatos e reuniões com autoridades do país, como parte do interesse pelas potencialidades da ilha, baseadas na infraestrutura hoteleira e as condições privilegiadas de sua natureza e localização geográfica.
Entre essas companhias figuram RCCL, Carnival, NCL, Harmark, Costa Cruises, MSC, Pearl Sejas Cruises e United Caribbean Lines, exemplificou o académico em diálogo com jornalistas.
Em sua conferência "O desenvolvimento do turismo cubano no palco das relações com os Estados Unidos", o doutor Perelló também valorizou as características do Caribe para desenvolver a chamada indústria do lazer mediante a modalidade de multidestino.
Cálculos da Associação Internacional de Companhias de Cruzeiros (Clia), divulgados nesta segunda-feira, assinalam que o negócio moveu em 2014 a 22 milhões de passageiros para um alça de 68 por cento numa década.
Para os viajantes de América do Norte, os países do Caribe constituem os principais portos de destino, com 59,9 milhões de dias de viagem em 2014, para um aumento de 16 por cento com respeito a 2013 e de quase 55 por cento numa década, assinalou a entidade.
Dos 22,04 milhões de pessoas que realizaram um cruzeiro em 2014, um 55 por cento se embarcou em América do Norte e 29 por cento em Europa, precisou o reporte.
O continente que mais cresceu como ponto de partida foi Ásia, onde o número de navios que saíram de seus portos aumentou um 11 por cento de 2013 a 2015.
Nos últimos 30 anos o sector registou uma alça progressiva, impulsionada inicialmente pela demanda de América do Norte, que se estendeu a Europa, Austrália e agora a Ásia, disse num comunicado a presidenta executiva de Clia, Cindy D'Aoust.