Turismo de bem-estar no Brasil

13 de Fevereiro de 2017 3:35pm
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Turismo de bem-estar no Brasil

Em um mercado que movimenta 47 milhões de viagens na América Latina, o turismo de bem-estar responde com números satisfatórios no Brasil. De acordo com o relatório anual do Global Wellness Institute, o País é um dos líderes da região nesse nicho, que movimentou US$ 30,4 bilhões em gastos em 2015.

Em âmbito global, o documento analisa que a indústria cresceu 10,6% entre 2013 e 2015 e atingiu um impacto econômico de US$ 3,72 trilhões. O relatório divide o segmento na seguintes ramificações: indústria de spa, turismo de bem-estar, bem-estar no trabalho e espaços de bem-estar (casas e comunidades projetas para a saúde física, mental, social e ambiental).

Ao elencar os principais países da América Latina e do Caribe, o instituto considerou, por exemplo, que os empreendimentos dessa região têm forte tradição em entregar o serviço em pequenos salões e clínica estéticas. Ao “afunilar” a América do Sul, as empresas voltadas a essa facilidade têm foco em perda de peso, limpeza, alimentação saudável e atividades e exercícios físicos.

Porém, com o declínio da economia e do preço do petróleo no Brasil, na Colômbia e Venezuela, os mercados sofreram “algum encolhimento”, frisou o documento.

Para o turismo de bem-estar, os sul-americanos utilizam o nicho como gancho para aproveitar outros produtos. São perfis que buscam descanso e relaxamento e resorts e o outro quer entrar em contato com a natureza, biodiversidade, aventura e ecoturismo, por exemplo. Com a desvalorização da moeda local, o refúgio no Exterior tem sido substituído por experiências em seus próprios países ou na América do Sul mesmo.

LIDERANÇA BRASILEIRA

As águas termais são destaque na América Latina, de acordo com o instituto. Além de estabelecimentos tradicionais, a região também desponta por ter parques aquáticos voltados a esse tema. O Brasil, por exemplo, pode não ter mais empreendimentos – 147 contra 576 no México, mas a receita acumula US$ 208,9 milhões.

A cultura de levar o bem-estar ao ambiente de trabalho é apontada como “relativamente pequena” na América Latina, com cerca de 5% de profissionais envolvidos. Embora haja a consciência de como más práticas, a exemplo de estresse, má alimentação e sedentarismo desencadeiam doenças crônicas, isso ainda é considerado um novo conceito na região.

O Brasil ainda aparece em 20º maior mercado para Turismo de bem-estar, cuja liderança é dos Estados Unidos. Para se ter uma ideia, os norte-americanos fizeram 161,2 milhões de viagens e gastaram US$ 202,2 bilhões em 2015, enquanto os brasileiros totalizaram 8,6 milhões de saídas e investiram US$ 3,3 bilhões. Já em águas terminais ou minerais, figura em 12º em nível mundial. A liderança é do China, com 2,2 mil empreendimentos e receita de quase US$ 16 bilhões.

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