Turismo de saúde cresceu 18% em 2015 no Brasil

27 de Outubro de 2016 2:56pm
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Turismo de saúde cresceu 18% em 2015 no Brasil

Ao longo dos últimos anos, o segmento turístico da saúde e bem-estar tem sido mais procurado a cada ano que passa. No Brasil, esta procura tem vindo a crescer também, aumentado mais de 18% em 2015.

Contando com cerca de 80 estâncias termais, e muitos outros estabelecimentos alternativamente ligados ao turismo de saúde, este segmento pretende garantir uma melhoria no bem-estar dos seus clientes, recorrendo a um número cada vez mais amplo de tratamentos. Dados do estudo Demanda Doméstica Internacional, do Ministério do Turismo, registaram em 2014 um total de 32.149 turistas internacionais que visitaram estes estabelecimentos, demonstrando um aumento de 6,79% em comparação com 2008. Já em 2015, o mesmo estudo registou ao todo 37.800 visitantes internacionais motivados por este segmento.

Os diferentes recursos minerais das várias zonas do país permitiram o desenvolvimento de uma multiplicidade de tratamentos, cada apontado a uma necessidade distinta. O presidente da Associação Brasileira de Indústria de Água Mineral (ABINAM), Carlos Alberto Lancia, explica que, por exemplo, “a água rica em cálcio ajuda no tratamento de doenças como a osteoporose e, para casos de intestino preguiçoso, é mais indicado a água com alto teor de magnésio”.

A resposta do setor a esta crescente procura “incidiu numa vontade de diversificar e facilitar o acesso aos tratamentos termais, apostando na criação de atrativos turísticos alternativos perto das fontes termais. As estâncias termais de Rio Quente e Caldas Novas, por exemplo, optaram por desenvolver parques aquáticos e hotéis com piscinas naturalmente aquecidas, enquanto outros como os que se localizam no estado de Santa Catarina, recorrem à proximidade à natureza”, pode ler-se em comunicado.

No Brasil, este segmento tem uma receita média anual de mais de 109 milhões de euros, empregando mais de 8.700 terapeutas especializados. Entre os destinos mais célebres encontram-se as estâncias de Caldas Novas, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

Caldas Novas é conhecida por ser a maior estância hidrotermal do mundo. O município localiza-se no estado de Goiás, onde atualmente existem em atividade mais de 90 poços de água quente com temperaturas entre 34°C e 57°C. Apesar da sua enorme dimensão, a estância de Caldas Novas conta com outros pontos atrativos alternativos, tais como o Jardim Japonês, um local criado a pensar na meditação, misticismo e descontração.

As estâncias do estado de Santa Catarina distribuem-se por 19 cidades. O Complexo Hidromineral de Gravatal é considerado o segundo melhor estabelecimento termal do mundo, depois de Aux-Les Thermes, na França. Já o Complexo de Caldas da Imperatriz, na Grande Florianópolis, foi a primeira estância termal do Brasil.

As estâncias catarinenses oferecem para além dos banhos termais, infraestruturas ao nível do lazer e desporto, saunas, e outros serviços complementares.

O Balneário Camboriú, por outro lado, tem sido procurado sobretudo pelo público da terceira idade, por se situar numa zona com boas infraestruturas e rede hoteleira, com inúmeras atividades e pacotes de serviços, além de se situar junto a uma ampla praia de águas calmas.

As estâncias do Rio Grande do Sul, mais conhecidas como parte do Roteiro Termas e Longevidade, são procuradas pelas belas paisagens que as rodeiam, bem como pela dinâmica cultural e expressão gastronómica da região. Esta microrregião, que é composta pelos municípios de Protásio Alves, Nova Prata, Vila Flores, Veranópolis e Cotiporã.

Fonte: www.ambitur.pt

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