Turismo: Eixo Brasil-Argentina, em cimeira global

23 de Abril de 2018 1:29pm
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Turismo: Eixo Brasil-Argentina, em cimeira global

Aumentar as viagens entre Brasil e a Argentina, e vice-versa, foi a prioridade do novo ministro de Turismo brasileiro, Vinicius Lummertz, presente a Buenos Aires em ocasião da cimeira global 2018 do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), que se realiza na capital argentina. 

Os últimos tempos registaram um crescimento desse fenómeno: em três anos, a soma do fluxo turístico em ambos sentidos passou de 2,68 milhões a 3,18 milhões de visitantes e estes viajantes moveram mais de 2000 milhões de dólares na economia de ambas nações no último ano.

“A outra prioridade é trabalhar juntos para procurar destinos distantes: neste caso começamos com Chinesa, mas também com a Índia. Estamos a trabalhar em isto porque temos situações diferentes desde ponto de vista dos vistos, mas nós vamos promover juntos em Pequim, Shanghai, Hong Kong e Guangzhou em maio”, anunciou em entrevista com ANSA. 

Durante a cimeira do WTTC, Lummertz e seu par argentino, Gustavo Santos, assinaram um Memorando de Entendimento com o Centro de Investigação de Economia Mundial do Turismo, com sede em Macao, pelo qual as partes se comprometem a criar sinergia na promoção de intercâmbios de turismo entre a Argentina, Brasil e países asiáticos, com Chinesa à cabeça.

“Também vamos estabelecer -disse o ministro brasileiro- uma nova relação com os chineses sobre o âmbito das sete maravilhas do mundo, onde temos Iguazú de um lado e a Grande Muralha do outro. Propomos fraternizar estas duas maravilhas do mundo e fazer um trabalho a nível empresarial: vamos trazer os 20 maiores operadores turísticos chineses, para que viajem à Argentina e Brasil”. 

O objetivo é que “brasileiros e argentinos possam ir mais facilmente para Chinesa e os chineses também possam vir aqui com mais facilidade. Há muita gente que quer vir e nos conhecer, então temos que o fazer prático, a um bom custo, o fazer possível”.

Lummertz fez questão da necessidade de trabalhar a cada dia mais com os potenciais que têm ambos países: natureza, cultura, gastronomia, fazendo-os importantes para o desenvolvimento econômico e a geração de empregos. E sublinhou que a revolução digital, ao contrário de outros sectores, “gera trabalho no turismo”. 

“No passado nossos países perderam certas oportunidades históricas de desenvolvimento, mas neste momento não só não devemos perder a grande oportunidade do turismo, sina que também podemos nos recuperar, porque o turismo pode reforçar a indústria. Muitas vezes, uma empresa está num celular ou numa laptop. É neste nível que devemos enquadrar nossos esforços”.

Finalmente, o ministro brasileiro recordou que o último verão austral foi o de maior participação do turismo internacional em Brasil, sobretudo dos argentinos, que são a maioria. De facto, da cada 10 visitantes internacionais que Brasil recebeu em 2017, quatro chegaram desde a Argentina, país que representa quase o 40% do turismo internacional em terras brasileiras.

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