Zika ganha terreno no Panamá

Com a confirmação hoje de cinco novos casos de zika, as cifras de infectados com o vírus subiram para 130 no Panamá, segundo as autoridades de saúde.
No decorrer desta semana, foram registrados mais de uma dezena de novos casos, apesar do alerta sanitário decretado a nível nacional em fevereiro e aos esforços realizados pelas entidades comprometidas na campanha para manter baixos os níveis de infestação nas comunidades.

Recentemente, o presidente do país, Juan Carlos Varela, pediu aos prefeitos e a população em geral que contribuam com a eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor do zika, dengue e chikungunya.

O entomólogo do Instituto Comemorativo Gorgas de Estudos da Saúde (Icges) do Panamá Lorenzo Cáceres advertiu que onde estiver o mosquito e existir uma pessoa infectada se originarão surtos, e considerou que, se não forem tomadas medidas, a doença poderia avançar.

Explicou que ao não existir um controle sanitário efetivo aos migrantes, unido à presença do agente transmissor e uma população susceptível, se criam as condições para que as ilhas e povoados em terra firme sejam os mais vulneráveis ao surto da doença.

O Icges realiza a análise das pessoas suspeitas que se registram no país; ao mesmo tempo, no aeroporto Internacional de Tocumen mantêm-se as medidas para prevenir que novos casos ingressem ao território nacional apesar de 80 por cento dos portadores do vírus serem assintomáticos.

Entre as medidas estabelecidas pelo Ministério de Saúde (Minsa) para controlar a presença do zika, destacam-se as ações de prevenção, a eliminação de criadouros de mosquitos mediante nebulizações, educação sanitária, aplicação de atas de compromissos e sanções aos que violarem o estabelecido.

O alerta sanitário ordena a todas as entidades públicas, de maneira imediata, a porem à disposição do Minsa todos os recursos econômicos, físicos e humanos que a referida dependência requeira, para a execução dos planos de prevenção e controle da doença.