Voar em Classe Executiva: as cadeiras do futuro

12 de Outubro de 2020 1:43pm
Redação Caribbean News Digital Portugues
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Atualmente a indústria da aeronáutica trabalha no desenho de uma cadeira espaciosa e futurista para a classe executiva nas líneas aéreas; as que, com novas estruturas e materiais de engenharia científica, são um empréstimo dos autos de Fórmula 1.

Se tratar de um monocasco de alta tecnologia chamado Airtek e saído dos engenheiros de JPA Design, a mesma companhia que redefiniu a classe executiva na era moderna faz uma década, e que agora vai mudar a forma em que as cabines da classe executiva se vêem e se sentem.

O que entranha esta nova revolução do monocasco é mais espaço, cadeiras mais ligeiras com menos presença de carbono, mais confiáveis e com menos peças móveis que possam ser rompidas.

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"Um monocasco é um termo e um enfoque inspirado na indústria das carreiras automobilísticas. É realmente uma unificação da estrutura e outros componentes que a rodeiam. Agora, a butaca se compõe de uma estrutura metálica independente, com um marco independente. A ideia é tomar todas estas partes diferentes e as unificar numa sozinha peça armada de forma eficiente e sem desperdiciar espaço", diz o Diretor Criativo de JPA, Elliott Koehler.

"O benefício para o passageiro seria enorme em termos de espaço para as pernas, e a capacidade de armazenar uma bolsa de mão de grande tamanho na propria cadeira, bem na frente dele", diz Koehler. "Isso significa a redução ou eliminação dos compartimentos superiores, reduzindo ainda mais o peso deste avião. E por suposto, ao ter menos compartimentos isso significa que teremos uma cabine bem mais aberta".

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Os assentos da classe executiva de hoje estão feitos de muitas partes individuais: metais, termoplásticos e material composto, todo isso fixado com parafusos, cola e rebites. É um processo complicado que requer muito gerenciamento de engenharia para assegurar que saia bem.

As cadeiras atuais também são muito pesados: um de classe executiva de várias partes pode pesar mais de cem quilos e os assentos de primeira classe ainda mais. Não é só o tamanho e os materiais, senão também a forma em que se fixam juntos.

JPA está trabalhando com Williams Advanced Engineering e SWS para criar Airtek, e as companhias estão apontando a um mínimo de 10% e até um 20% de redução de importância mediante o uso da estrutura de monocasco composto.

Nos últimos anos, muitas linhas aéreas têm estado proporcionando mais armazenamento para bolsas de mão e inclusive têm colocado cobertas ao redor das cadeiras de classe executiva, em pequenos armários de armazenamento, sob os reposapés e inclusive em mini-armários individuais.

A Covid-19 e com ela a improbabilidade de que os passageiros deixem de se preocupar repentinamente pela limpeza e a higiene, é possível que os viajantes cheguem a apreciar a ausência de instalações compartilhadas, como os superiores. De fato, durante a pandêmia alguns países têm desalentado ou proibido seu uso pelos passageiros.

Conquanto a seleção da cor e de alguns acabamentos costuma ser algo que decidem as companhias aéreas, a equipe também se inclina pelos contrastes claros e escuros para o desenho da cadeira, o que permite transmitir um acabamento audaz para os usuários em general e uma que responde às necessidades dos débis visuais em particular.

Como sempre acontece com as cadeiras movas, parte do repto será assegurar que possa ser certificado como seguro, dado que devem ser capazes de suportar impactos de 16G, isto é, 16 vezes a força de gravidade, para proteger assim a seus ocupantes.

A equipe do JPA espera ter um modelo completamente pronto em abril de 2021 para mostrar seu desenho aos clientes das linhas aéreas que considerem viajar, na era pós-Covid, em classe executiva.

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