Patrimônio e turismo integram Plano do governo de Panamá

Como parte do Plano Mestre de Turismo Sustentável (PMTS) 2020-2025, o governo de Panamá resgatará as fortificações da época e alguns edifícios administrativos e religiosos, cujo conjunto é Patrimônio da Humanidade da Unesco, ainda que atualmente essa organização o tem em sua lista de lugares em perigo.
Neste caso fica a vila de Portobelo, via comercial da coroa espanhola em América desde o século XVI, que hoje se prepara para se converter em pólo turístico do país e para isso, irá dessenvolver seu patrimônio natural e cultural.
Segundo uma nota da agência Prensa Latina, autoridades locais e o Governo lembraram um plano de ação interinstitucional com uma estratégia integral para este destino, com vistas ao uso sustentável de seu meio e ruínas coloniais, ao tempo que vinculará à comunidade local como beneficiária.
O Ministério de Cultura licitou projetos para o resgate da memória histórica e instalações de Portobelo e o forte de San Lorenzo, 40 quilômetros ao sudoeste do primeiro, o qual também está dentro da mesma proteção da Unesco.
A pequena vila panamenha é famosa internacionalmente, ademais, pelo Cristo Negro de Portobelo, um ídolo a quem lhe adjudican faculdades milagrosas e reúne, na nona prévia a cada 21 de outubro, a uma multidão de devotos (uns 160 mil) nas ruas adjacentes à igreja de San Felipe, numa das maiores celebrações de seu tipo no país.
Para mitigar a pobreza, o PMTS pretende apoiar com capacitação e capital inicial a uns mil 200 emprendedores locais dos ramos criativos e culturais, pois nesta zona conservam-se, entre outros, dances, cantos e comidas da cultura Congo, trazida por Afro-antilhanos emigrados das Antillas Menores.
Como acontece no resto do Caribe panamenho, a zona tem múltiplas praias, ilhas, islotes e vegetação costeira, que por si mesmas são atraentes para o turismo nacional e estrangeiro.