Brasil: devolvem concessão privada do aeroporto de Natal

A empresa Inframérica, braço brasileiro da argentina Corporação América, anunciou nesta quinta-feira que devolverá a concessão do Aeroporto Internacional de Natal, no estado de Rio Grande do Norte, a raiz de que a sucessão de crise econômicas do país vizinho não permitiu alcançar as metas traçadas na licitação do terminal, em 2011.
O leilão do aeroporto internacional Governador Alves, em São Gonzalo do Amarante, Rio Grande de Norte, realizada durante o governo de Dilma Roussef em 2011 por um prazo de 28 anos, tinha sido a primeira concessão ao setor privado de uma estação aérea.
A companhia Inframérica informou em um comunicado que reportará à Agência Nacional de Aviação Civil a devolução das concessões com indemnização.
A empresa calcula que investiu uns 700 milhões de reais (uns 150 milhões de dólares à mudança de hoje) e agora o governo federal brasileiro deverá fazer uma nova licitação para a administração do aeroporto.
O tráfico de passageiros prometidos na licitação foi menor que o alcançado até 2019, segundo a empresa.
“O tráfico de passageiros foi negativamente impactado pela severa e longa crise económica enfrentada pelo país, ocorrida no período inicial da concessão e que impactou diretamente no turismo na região”, sustenta o comunicado de Inframérica.
O objetivo para 2019 era chegar a uma média anual de 4,3 milhões de pessoas, mas no ano passado foi de 2,3 milhões.
Somente em 2015 e 2018 se alcançou a meta que estava estipulada no documento de concessão do aeroporto que foi inaugurado em 2014 e está localizado a 33 quilómetros do centro de Natal.
A empresa -que também é a operadora do aeroporto internacional Juscelino Kubitschek, de Brasília- agregou que as tarifas de embarque do aeroporto de Natal são 35% inferiores às de outros do Brasil.