Primeiro verão pós Covid e os hotéis de Benidorm

01 de Fevereiro de 2021 2:01pm
Redação Caribbean News Digital Portugues
Benidorm (Foto Aqualandia Benidorm)

Para ninguém é secreto os grandes estragos que a pandêmia da Covid-19 deixa a seu passo, um que parece ainda um tanto distante de se deter. A hotelería, dentro do setor do turismo, tem sido fortemente golpeada, toda vez que depende de maneira direta do movimento de viajantes pelo mundo, o qual teve meses de ser nulo e ainda não melhora.

Em destinos como Benidorm, por exemplo, a atividade hoteleira caiu até um 81,5%, número que evidência a afirmação anterior.

Não obstante, nesse destino da Costa Branca, os atores do setor não se detiveram, senão que vêem a crise como uma oportunidade, segundo um reporte do diario El Español, que assegura que já os hoteleres ja pensam nas férias de verão e uma dúzia deles realizou ou realiza investimentos próximas aos 60 milhões de euros ao todo; inclusive tendo em conta as aberturas de novos estabelecimentos o passado verão.

"Todo mundo está se deixando a pele durante esta crise em melhorar seu produto. Lutando para posicionar melhor sua oferta. Não há diferença entre as grandes correntes ou os hotéis de proprietários locais. Estão-se modernizando piscinas, ares acondicionados, espaços comuns e habitações. Inclusive me atreveria a dizer que os proprietários locais estão mimando mais este processo", assinala Nuria Montes, secretária geral de Hosbec, a patronal hoteleira mais importante da Comunidade com sede em Benidorm.

Ali, não só se renovou a infraestrutura hoteleira, senão que a cidade também mostras novas caras. Uma mudança que se foi efetuando na última década e que deixa espaços tão singulares como o Passeio de Poente ou a Avenida do Mediterráneo, convertidas num destino moderno e reposicionado internacionalmente.

A futuro, pudesse se pensar em atrair a pessoas com maior poder adquisitivo, algo no que se trabalha desde já, e que a dizer de Yvar Yuste, consulto inmbiliario para grandes grupos hoteleiros através PHG Hotels & Resorts, os hoteleiros de Benidorm têm sido "muito bons no gerenciamento de custos se inventando conceitos que depois têm exportado ao Caribe como o all inclusive, mas não tão bons no gerenciamento de rendimentos, potenciando a marca para poder gerar tarifas mais altas e atrair a pessoas com maior poder adquisitivo e marcando pautas de fidelidade. Hilton tem 50 milhões de clientes em seu programa de fidelidade", põe como exemplo.

E em tal sentido, define como decisiva a crise dos turoperadores. "É uma dinâmica que vemos em muitos lugares do mundo. Quando entra uma corrente em Benidorm o primeiro que faz é replantear os contratos com os turoperadores. Quem fixa o preço a partir daí é a corrente, não o operador. E com internet, isto vai a mais".

Benidorm é um dos destinos que buscam reposicionar Meliá Hotels International, Iberostar, Riu Hotels e Barceló Hotels, os quatro dos maiores grupos hoteleiros espanhóis, com a ajuda dos Fundos Europeus de Recuperação.

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