América Latina na Fitur

01 de Fevereiro de 2008 4:53am
godking

A Fitur, que se consolidou como a segunda maior feira de turismo do mundo - atrás apenas da ITB de Berlim e à frente da WTM de Londres -, de acordo com seus organizadores, será até o próximo domingo vitrine de novas ofertas turísticas em escala global. O rei da Espanha, Juan Carlos, e a rainha Sofia presidiram a inauguração da 28ª edição do evento no qual estão representados 170 países e mais de 13.300 empresas.

"O turismo é um grande impulsionador do entendimento entre os povos e um instrumento eficaz para a erradicação da pobreza que contribui ainda para o desenvolvimento de modelos de negócio sustentáveis do ponto de vista social", disse o rei espanhol.

Na 11ª Conferência Ibero-americana de Ministros e Empresários de Turismo (CIMET) realizada no âmbito da Fitur, o ministro Rodolfo Elizondo, do México, explicou as estratégias governamentais de diversificação de mercados, produtos e destinos. Para isso é necessário elevar a competitividade das empresas turísticas mexicanas, um objetivo do governo que concretiza através do Programa de Apoio à Competitividade da Micro, Pequena e Média Empresa Turística, com ferramentas que permitem o aumento da competitividade. Outro dos projetos mexicanos nesse sentido é o Sistema de Abertura Rápida de Empresas (SARE Turísticas).

No mesmo evento, o ministro cubano Manuel Marrero pediu inovações no formato da CIMET, a fim de que seja mais eficaz. A respeito do setor em Cuba, o Ministro sublinhou que no último ano a capacidade hoteleira aumentou 8%, o que tem permitido praticamente dobrar as arrecadações. Essa infra-estrutura soma-se aos 300 hotéis de 4 e 5 estrelas existentes na ilha.

O secretário de Estado de Turismo da Argentina, Carlos Enrique Meyer, destacou no evento a oferta esportiva que caracteriza o país sul-americano e que pode atrair o investimento espanhol.

A República Dominicana confirmou sua aposta no turismo residencial e de qualidade, olhando para o mercado latino-americano. Félix Jiménez, ministro do Turismo, afirmou que há um "boom imobiliário" em seu país a partir do desenvolvimento de mais de 20 projetos de turismo residencial nos arredores de marinhas e campos de golfe.

"A República Dominicana vai além do 'all inclusive' e agora constrói hotéis de padrão 'médio-alto' com tarifas muito superiores", disse o Ministro.

Entre as metas do turismo dominicano: o crescimento do mercado latino-americano e do Leste Europeu, além de manter os mercados conquistados na Europa, Estados Unidos e Canadá.

A ministra brasileira, Marta Suplicy, em entrevista coletiva, ressaltou as belezas naturais de seu país, impossíveis de reproduzir no continente europeu, e afirmou que o Brasil apresenta problemas de segurança como qualquer outro país, mas a Europa, com atentados terroristas e onde "um brasileiro pode morrer no metrô de Londres", não pode ser considerada mais segura.

O Brasil diversificou sua oferta turística, investindo em suas belezas naturais e nos destinos ecológicos, visando a atrair mais turistas da Europa e do continente americano, "Essa diversificação não pretende deixar de lado o Carnaval, o sol e a praia, mas chamar atenção para outras regiões, como o Nordeste", disse a Ministra.

Na Feira também foi apresentada a nova campanha da Colômbia, que adverte os turistas sobre o possível "risco" de não pretenderem sair mais do país sul-americano. O lema foi concebido para tentar apagar a idéia de muitas pessoas sobre algum perigo ou risco que teria o turista ao visitar a Colômbia, segundo explicou Núbia Martínez, vice-presidente de Turismo do Fundo de Promoção de Exportações (Proexport) do país.

Núbia ressaltou a "mudança radical" vivida pela Colômbia em relação aos seus índices de segurança e que, entre outros motivos, encorajou o aumento de investimento estrangeiro - que subiu de US$ 2 bilhões em 2002 para quase US$ 8 bilhões no final de 2007.

A melhora no transporte aéreo e o crescimento turístico na América Central como bloco, foram temas explicados pelo ministro salvadorenho José Rubén Rochi Parker. A região apresenta um crescimento do número de visitantes e de receitas de 7% e pretende aumentar as freqüências semanais de vôos a partir de um hub regional.

A Fitur conta com 879 expositores diretos. Os países da Europa ocupam maior espaço, com 26% do espaço dos estandes, seguida pela América, com 21,44%; a Ásia-Pacífico, com 18,34%; o Norte da África e o Oriente Médio, com 10,59%; e a África, com 10,33%.

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