Beatriz Pires, proprietária de "El Milongón", em Montevidéu, Uruguai

18 de Janeiro de 2010 2:00pm
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O ritmo sincopado do candombe, do tango, da milonga e o folclore charrua são apreciados a cada dia na casa de espetáculos El Milongón, em Montevidéu. Trata-se de tradições musicais, difíceis de encontrar em outros lugares da cidade.

Quais as características de El Milongón?

El Milongón é uma casa de espetáculos que foi criada para mostrar os nossos ritmos tradicionais, alguns dos quais nasceram durante a época colonial, a partir de diversos ritmos africanos trazidos pelos esclavos. Outros são a fusão de música portuguesa, espanhola e dos nativos uruguaios. Por outro lado temos o tango, derivado do candombe, com ritmo rioplatense.

No século XIX reuniam-se aqui os gaúchos para cantar e beber. Depois, nos anos de 1900, o lugar foi uma carvoaria e posteriormente uma oficina de mecânica.

Em 2005 compramos o lugar para iniciarmos esse projeto porque não havia um lugar que mostrasse as nossas raízes culturais ao turistas.

Qual a nacionalidade dos turistas que recebem?

No início vinham muitos europeus, canadenses, norte-americanos e também da nossa região. Agora são principalmente brasileiros (até 80%), mas também há argentinos, portugueses, alemães e japoneses...

Trabalham com grupos?

Com grupos e também com turismo individual. Recebemos também uruguaios porque não há muitos lugares para a música folclórica como o candombe.

As operadoras de receptivo uruguaias que trabalham com as operadoras internacionais fazem as reservas e trazem os grupos.

Qual o preço médio?

Uma ceia com consumo livre de vinho Santa Rosa ou refrigerante são 50 dólares.

E o nome de El Milongón?

O Milongón é um ritmo derivado do candombe, uma dança com interpretação de personagens como os de Mamá Vieja e o Gramillero.

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