Brasil: Proposta no senado brasileiro tenta abrir mercado de vôos domésticos a empresas estrangeiras

29 de Setembro de 2006 12:00am
godking

Com a intenção de aumentar a oferta de vôos domésticos no país, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) apresentou projeto de lei para permitir que empresas internacionais de transporte aéreo possam prestar esse tipo de serviço no Brasil.

O projeto altera o Código Brasileiro de Aeronáutica para revogar as restrições à nacionalidade do capital das companhias aéreas, autorizando a concessão do tráfego aéreo doméstico a qualquer pessoa jurídica brasileira que tiver sede no país, sem limitação de percentagem do capital estrangeiro das empresas. O projeto também autoriza a prestação de serviços de transporte aéreo doméstico, entre pontos de escala no Brasil, por companhias aéreas internacionais.

Raupp argumenta que a crise da aviação brasileira nos últimos anos resultou na cessação de atividades de algumas empresas tradicionais de transporte aéreo. Lembrou ainda que o consumidor vem enfrentando redução da oferta e problemas como tarifas mais caras, filas nos aeroportos, overbooking - marcação de lugares em número superior à lotação da aeronave, levando em conta a possibilidade de desistências de última hora - e extravio de bagagem.

A permissão para que companhias estrangeiras possam prestar serviços aéreos domésticos regulares permitirá maior concorrência no setor e melhor atendimento do consumidor, na opinião do senador. Além disso, a oferta de assentos em vôos domésticos pode ser ainda mais ampliada, aproveitando a capacidade ociosa das aeronaves que operam rotas internacionais.

Atualmente, as empresas aéreas internacionais são obrigadas a percorrer longos trechos sobre o território nacional com ociosidade de lugares porque lhes é vedada a oferta de serviços domésticos. Visando corrigir essa distorção, o projeto estabelece tratamento isonômico entre empresas aéreas nacionais e estrangeiras, permitindo que estas últimas vendam passagens nos trechos domésticos de linhas internacionais, afirma Raupp.

Fonte: Agência Senado

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