Brasil vê investimento de American Airlines como mostra de confiança

American Airlines Inc planea investir 100 milhões de dólares num centro de manutenção de aviões em Sao Paulo, disse na quinta-feira um ministro brasileiro, o que qualifica como um sinal de confiança na maior economia de América Latina pese à recessão e a crise política no gigante sudamericano.
Wellington Moreira Franco, o ministro que coordena o Plano de Programa de Alianças e Investimentos, disse que a aerolínea estadounidense criaria seu primeiro centro de manutenção em América do Sul no aeroporto internacional de Garulhos, em Sao Paulo.
“Um executivo de American Airlines disse hoje que a companhia não compartilha a visão pessimista sobre Brasil nos meios e acredita que o mercado brasileiro vai crescer com firmeza”, disse o ministro.
Moreira Franco disse que as reuniões em Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Japão revelaram o interesse dos investidores no clima empresarial de Brasil desde que o conservador presidente Michel Temer assumiu seu cargo depois da destituição da esquerdista Dilma Rousseff no ano passado.
O porta-voz de American Airlines, Josh Freed, afirmou que a principal aerolínea estadounidense por passageiros tem planos para investir em Brasil mas que não podia confirmar de imediato uma cifra.
Moreira Franco disse que os serviços a outras aerolíneas poderiam ser oferecidos com o tempo no centro de manutenção, mas Freed afirmou que qualquer trabalho feito em Sao Paulo seria somente em aviões de American Airlines.
As concessões privadas estão a decidir-se de acordo à oferta e demanda do mercado e não por critérios ideológicos usados por Rousseff que desanimaron aos investidores de construir estradas e vias férreas ou melhorar aeroportos, assegurou Moreira Franco numa entrevista.
Temer lançou um plano na terça-feira por maiores concessões de infra-estrutura que aponta a arrecadar 45.000 milhões de reais (14.430 milhões de dólares) em infra-estrutura para construir e operar estradas, terminais portuários, vias férreas e redes de energia
O presidente aposta ao investimento privado para reviver a economia pese aos escândalos políticos por corrupção.