Declaram Monumento Nacional em Santiago de Cuba ao Parque Arqueológico Batalha Naval-1898

06 de Julho de 2015 7:04pm
claudia
Declaram Monumento Nacional em Santiago de Cuba ao Parque Arqueológico Batalha Naval-1898

O Parque Arqueológico do Patrimônio Cultural Subaquático Batalha Naval de Santiago de Cuba-1898, ficou declarado Monumento Nacional em cerimónia efetuada no Castillo do Morro San Pedro da Rocha, mudo testemunha da partida da escuadra espanhola para aquele holocausto, ao cumprir-se este 3 de julho o aniversário 117 do acontecimento.

O ministro de Cultura de Cuba, Julián González, e o excelentísimo senhor Francisco Montalbán, embaixador do Reino da Espanha em Cuba, tiveram a seu cargo a develação das tarjas acreditativas, em presença de autoridades do Partido e o governo na província de Santiago de Cuba, personalidades espanholas e do Escritório Regional de Cultura da UNESCO.

Segundo consigna a resolução dada a conhecer por Gladys Gollazo, presidenta do Conselho Nacional de Patrimônio, o Parque está conformado por sete lugares arqueológicos (Praia Siboney, As Quatro Bocas, Praia Mar Verde, Rancho Cruz-Boi Cabón, Ensenada de Juan González, Aserradero Praia A Mula) onde jazem os pecios de cinco navios espanhóis e dois norte-americanos vinculados ao desembarco e conflito naval.

Os navios espanhóis aniquilados foram os cruzeiros acorazados Infanta María Teresa, Cristóbal Colón, Almirante Oquendo e Vizcaya, bem como os destruidores Furor e Plutão, enquanto à entrada da baía santiaguera jazem os restos do carbonero norte-americano USS Merrimac, e em Praia Siboney os da restante embarcação desse país.

Previamente, um destacamento das Forças Armadas Revolucionária, depositou sendas oferendas florais em homenagem aos patriotas cubanos que foram fuzilados ou pereceram por longos anos de prisão nas masmorras do castelo, e aos mais de 300 marinhos espanhóis caídos em frente a uma escuadra norte-americana superior em números e capacidade combativa.

Nas palavras centrais, o excelentísimo senhor Francisco Montalbán qualificou os pecios como um elemento mais dos laços históricos que unem a cubanos e espanhóis, e que nos obrigam a trabalhar para legar dito património às gerações futuras, e à preservação da memória dos marinhos espanhóis que em combate desigual deram suas vidas no cumprimento do dever.

O contralmirante García Paredes manifestou os sentimentos emocionados de integrantes da Armada Espanhola e em particular daqueles descendentes desses marinhos e instou a apreciar o mar, não como barreira, senão como oportunidade para os vínculos e a união.

Segundo conheceu-se na cerimónia, autoridades e especialistas cubanos e espanhóis trabalharão mancomunadamente para que aquele facto que pôs fim à guerra cubano-hispano-norte-americana, e marcou em América o final do domínio espanhol e o início da intervenção imperial, seja reconhecido pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade.

(Com informação do jornal Granma e PL)

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