Entrevista a Jean Philippe Claret, Vice- Presidente de ACCOR para México, Centro América e o Caribe (parte III)

Na Europa, ACCOR trabalha o mercado Francês maioritariamente?
Não trabalhamos maioritariamente o mercado Francês porque neste momento as plataformas de comercialização das operadoras turísticas são europeias, já não são nacionais como dantes; hoje, os canais de informação, internet, e as linhas aéreas contribuem a isso. Com a abertura do céu da França, se alguém mora em Lyon e quer viajar a Cuba pode fazê-lo através de Madrid ou de Paris igual de confortável; isso é bom, mesmo que a França seja nosso mercado mais natural, agora temos outras possibilidades.
Há algum tempo ACCOR tinha as suas próprias operadoras de turismo num processo de integração vertical através do qual tinha garantido um número importante de turistas franceses; hoje já não é assim, trabalhamos com todos as operadoras internacionais, não temos nenhuma interna e os canais são muito mais abertos e reactivos com ferramentas mais eficazes.
Qual é o significado de HOTEL BEDS para ACCOR?
Os HOTÉIS BEDS são parte da distribuição de ACCOR pela internet; o desenvolvimento da internet a penas começa; hoje vemos só uma parte, há canais e segmentos muito significativos nos hotéis que têm uma volatilidade muito importante. Há fusões dentro dos sites, os novos passam aos antigos e o processo é excessivamente dinâmico; obriga-nos a ter uma plataforma de distribuição e reservas com uma tecnologia de ponta; o que exige um investimento constante.
Isto é interessante porque com a evolução de nosso oficio, ACOOR como companhia hoteleira investe hoje mais nas ferramentas tecnológicas e informáticas que nos tijolos dos hotéis.
A revolução digital apenas começa e um bom exemplo é o que anunciou ACCOR no seu boletim de prensa sobre o projecto WELCOME, uma nova proposta engenheira do que as pessoasconhecem como recepção, onde através de internet ou do telefone podemosconfirmar uma reserva ou ter a chave do quarto dum hotel sem entrar sequer só conhecendo o código de aceso, igual para fechar uma estadia.
Esta é uma maneira de facilitar as tarefas administrativas da recepção; não só para ganhar tempo, senão para que os executivos possam dedicar-se à atenção ao cliente dedicando-se mais a parte humana converter a recepção num lugar de assessoria ao cliente para aumentar os níveis de satisfação.
Quais acçõesrealizamem ACCOR para o desenvolvimento sustentável?
O desenvolvimento sustentável é um tema prioritário em ACCOR; considerando o tamanho da companhia, os seus três mil seiscentos hotéis e os seus cento quarenta mil colaboradores, sentimos uma responsabilidade especial, por isso tem sido inovador a partir do impulso que imprime a cultura europeia ao trabalho responsável.
Em ACCOR temos passado das boas ideias a estruturar um programa formal corporativo mundial chamado PLANET 21 onde agrupam-se as experiências num plano simpático e de grande acessibilidade.
O tema do desenvolvimento sustentável é muito amplo e profundo e tende a confundir. Nosso plano é muito concreto, cresce a partir de compromissos mundiais, medíveis,por exemplo, a reciclagem das baterias as quais são altamente contaminantes, o seguimento formal de recursos energéticos, …
Tudo isto parece óbvio, mas há muitos hotéis que não têm estes cuidados ounão aplicam bem os planos de desenvolvimento sustentável. Nós temos um sistema de segurança chamado OPEN de informação interna através do qual sabemos se um estabelecimento do grupo, situado do outro lado do planeta, tem um consumo exagerado de energia.
No nosso grupo temos feito mudanças nos sistemas de iluminação, por exemplo, as lâmpadas o sistema led e tem sido impressionante a poupança de energia eléctrica. Qualquer iniciativa em matéria de equipamento exige um investimento, por isso asseguramos sempre a rentabilidade; por exemplo, não esperar a que se quebrem as lâmpadas, é preferível mudá-las pelas de baixo consumo e com isso autofinanciam-se.
Há exemplos similares com respeito ao consumo de água, gás e recursos energéticos. O oitenta porcento do consumo energético está na electricidade, principalmente que é preciso seguir um plano preventivo até consumir energia inteligentemente. A electricidade é um recurso escasso, por isso vai continuar a aumentar o seu preço na maioria dos países por isso têm que poupa- la.
O meio ambiente é muito importante para ACCOR e PALNER 21 trata também o tema humano; o que antes só era atendido pelos recursos humanos, hoje é uma prioridade, principalmente tudo que esteja relacionado com o colaborador, o seu meio familiar, comunidade e clientes.
Isso permite ter uma visão integral do impacto que tem um hotel numa comunidade; tenho uma estadística simpática sobre um hotel no México cuja poupança no consumo de águapermiti-lhe alimentar um barro completo. Este é um exemplo do impacto numa comunidade quando se descuida o consumo energético.
Quais são as experiências de ACCOR na aplicação do Great place to work?
Este é um plano directivo interno de ACCOR que tem outras certidões no tema laboral e está relacionado com a satisfação dos colaboradores. A Great place to work está muito desenvolvida na América Latina, consta de cinquenta perguntas que servem para medir o comportamento do ambiente laboral enquanto à moral, à confiança,… partindo da base de que um colaborador satisfeito dáum melhor serviço e outro frustrado dificilmente o fará.
Por isso fazer cumprir o Great place to worké um investimento para ACCOR quem o aplica em seis países da América Latina e onde temos crescido no ranking comparado com outros sectores e empresas, onde ocupamos o segundo lugar entre as companhias latino-americanas do seu tamanho em concorrência com empresas informáticas, laboratórios,… sendo líderes no sector turístico.
Consideramo-nos como una referência nestes temas no sector turístico ao nível mais alto, sentimos que é parte da nossa responsabilidade como empresa grande e líder provar e compartir as boas experiênciasque nos têm funcionado, e ser reconhecidos como uma referênciano sector do Turismo em matéria de responsabilidade social.