México: queda do turismo na fronteira norte

22 de Junho de 2007 7:03am
godking

A queda de 21% do turismo fronteiriço devido à insegurança e à falta de atrativos em cidades da região fez com que empresários do setor turístico mexicano exigissem ao Instituto Nacional de Migração (INM) e à Direção Geral de Alfândegas a simplificação das tramitações administrativas para a entrada ao país. A adoção de medidas nesse sentido permitiria estimular o mercado hispano-americano nos EUA: 41 milhões de pessoas, metade delas nos estados do Texas e Califórnia, que poderiam gastar US$ 90 bilhões por ano, só em viagens.

O presidente da Associação Mexicana de Hotéis e Motéis (AMHM) de Coahuila, Armando de la Garza Gaytán, aponta que a percepção de insegurança na fronteira aumenta devido à burocracia que devem enfrentar aqueles que querem visitar as cidades mexicanas durante algumas horas ou fazer turismo rodoviário.

Dados da Secretaria de Turismo mostram que o turismo fronteiriço caiu 21,7% nos primeiros meses do ano devido às condições de insegurança na fronteira norte, embora Rodolfo Elizondo, secretário federal de Turismo, afirme que as cidades da região não oferecem atrativos para os visitantes.

Os turistas provenientes dos Estados Unidos devem fazer filas de até três horas e todos estão sujeitos às mesmas tramitações, ainda que alguns viajem para fazer compras e outros para visitar familiares, fazer um controle médico ou viajar além da fronteira para conhecer os estados do Norte. Por outro lado, aqueles que pretendem fazer turismo de caça devem provar a legalidade das armas que possuem.

Para a Confederação de Câmaras Nacionais de Comércio, Serviços e Turismo (Concanaco-Servytur), o problema afeta também a atividade comercial. A fronteira norte "deixou de ser uma prioridade para o governo da República", ainda que a entidade reconheça que não há suficiente oferta para os turistas.

Fonte: La Jornada

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