Novas provas no caso da venda das Aerolíneas Argentinas

18 de Dezembro de 2007 4:11am
godking

O relatório da Agência Tributária difundido por Hispanidad.com e Cantabria Liberal, entre outros veículos informativos espanhóis, confirma que Gerardo Díaz e Gonzalo Pascual deviam pagar 100 milhões de euros de impostos pela venda das Aerolíneas Argentinas à empresa deles - a Viajes Marsans -, além de 7,5 milhões da Romana Playa. A investigação começou em maio de 2007 por fraude, crime fiscal, falsidade de documentos e desvio de fundos públicos.

Gema Gallego, juíza do Julgado 35 de Madri, confirmou que possui, há cerca de vinte dias, o relatório da Agência Tributária sobre a venda das Aerolíneas Argentinas ao Grupo Marsans, propriedade de ambos os empresários.

Nas transações das Aerolíneas Argentinas (ARSA), naquela época propriedade do Estado espanhol, através da SEPI, foi outra empresa deles que ficou com a companhia aérea, e isso propiciou as ações ilícitas.

Em 2002, a SEPI possuía a linha de bandeira argentina, que não era rentável, e decidiu transferi-la à Marsans, com mais US$ 758 milhões suplementares para a renovação da frota.

Desse total, 300 milhões eram para pagar dívidas, cancelar passivos e zerar o balanço. De acordo com o relatório, a Air Comet dispôs de fundos entregues gratuitamente pela SEPI, os quais utilizou na compra de ativos que não ficaram registrados na sua contabilidade.

Além disso, a Air Comet é acusada de ter solicitado a devolução de 20.000 euros da conta do imposto de sociedades de 2002. Na verdade, a empresa deveria ter pago 99.049.520 euros ao fisco, e mais 7,5 milhões da Romana Playa.

De acordo com Hispanidad, trata-se de uma prova contundente que fez com que o representante da acusação tenha solicitado medidas cautelares, entre as quais o embargo das ações das Aerolíneas Argentinas e dos créditos da Air Comet ligados a essas ações.

É previsível que, a partir das provas, Gonzalo Pascual e Díaz Ferrán interrompam o projeto de vender uma parte da ARSA ao governo argentino e de colocar o restante em bolsa, em Buenos Aires, um projeto anunciado há cerca de um mês.

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