Novo canal do Panamá é inaugurado com poucos chefes de Estado

27 de Junho de 2016 10:30am
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Novo canal do Panamá é inaugurado com poucos chefes de Estado

O Panamá abriu neste domingo, após longo atraso, a expansão do seu canal de navegação com apenas uma dúzia dos 70 chefes de Estado convidados para ver a estreia do terceiro conjunto de eclusas.

Analistas disseram que o evento pode ter sido afetado pelo escândalo que ficou conhecido como "Panama papers", em que milhões de documentos foram vazados do escritório de advocacia Mossack Fonseca, revelando como algumas das pessoas mais ricas do mundo usaram empresas offshore para evitar impostos e lavar dinheiro.

O ministério das Relações Exteriores do Panamá disse que o evento foi um sucesso diplomático, com representantes de quase todos os países convidados, incluindo China, Japão, Peru, Coreia do Sul, Colômbia e México, além da presença de representantes das principais empresas de navegação e de milhares de panamenhos.

O consórcio liderado pela espanhola Sacyr e a italiana Salini Impreglio ficou a cargo do projeto de US$ 5,4 bilhões (cerca de R$ 18,2 bilhões) que vai triplicar a capacidade do canal, que agora pode dar conta de 98 por cento do transporte naval global.

BRASIL

A ampliação não beneficiará o Brasil de imediato. O país enfrenta dificuldades para receber em seus principais portos navios de grande porte que poderão passar pelo novo canal.

No canal construído há pouco mais de cem anos podiam passar navios com capacidade para transportar no máximo 6.000 contêineres de 20 pés. Agora, os chamados New Panamax, embarcações com capacidade para até 14 mil contêineres de 20 pés, poderão cruzar o novo canal.

Mas os principais portos do país não têm capacidade para receber esses novos navios. Os New Panamax precisam de 15 metros de calado (altura máxima de operação) para operar plenamente.

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