O otimismo cresce na indústria turística apesar do terrorismo e o "brexit"

09 de Novembro de 2017 5:49pm
coordinador
O otimismo cresce na indústria turística apesar do terrorismo e o "brexit"

A maioria de profissionais da indústria turística acredita que os deslocamentos para lazer aumentarão o ano que vem, principalmente em países como a Itália, a Grécia e Tunísia, e eles não serão afetados pela ameaça do terrorismo ou o "brexit", a saída do Reino Unido da União Européia (UE).   

Isto é revelado no relatório anual das tendências "Industry Report", apresentado em Londres na Feira Mundial do Turismo (WTM, nas suas rubricas em inglês) que augura uma campanha boa para a indústria turística, como isto é refletido nas previsões das empresas do setor e o aumento global dos preços.   

Apesar das boas premonições, o diretor da firma de estudos de mercado Euromonitor International, Caroline Bremner, qualificou a situação atual de um ponto "incerto" pelo aumento dos ataques terroristas e a insegurança, principalmente na área do Magreb.   

Na realidade, como apanha o estudo, realizado em Setembro entra mais de mil expositores e outras tantas visitas já inscritas para esta feira, a preocupação principal como muito para os turistas como para a indústria é o terrorismo que eles consideram o fato com um impacto maior, para antes das chegadas de refugiados, as crises políticas e os desastres naturais.   

Porém, Bremner tem mostrado otimismo neste respeito quando considera que isto não freará à indústria de qualquer lugar concretamente e pôs como exemplo o caso de Barcelona (nordeste de Espanha) que sofreu um ataque o último 17 de Agosto no que morreram dezesseis pessoas.   

"O terrorismo afeta a todos os destinos. Nós vimos em Barcelona, tive um declive das reservas nos dias seguintes, mas depois que uma semana eles ascenderam novamente", mostrou, pelo que definiu este setor mesmo como " resiliente."   

Assim que o "brexit", o outro grande tópico do dia, mais que meio de agentes comerciais considera aquele teve um impacto negativo na reputação do Reino Unido como destino turístico e causará um aumento dos preços, o que constitui a preocupação principal dos viajantes.   

Também, uma quarta parte das empresas do setor prevé que este processo afetará os estrangeiros que de momento trabalha no Reino Unido que desde que aquele começara o processo do "brexit" desceu 20%.   

Para o diretor da companhia britânica do setor AC Grup, Rob Russel, o divórcio de Londres com Bruxelas não terá um grande efeito para o país porque o Reino Unido continuará conservando seu valor turístico, para isso que as "pessoas continuarão vindo", enquanto para o Bremner o pior cenário seria uma saída da UE sem acordo.   

Nesta mesma linha, o professor de turismo responsável para a Manchester Metropolitan University, Harold Goodwin, considerou que o impacto no exterior não será muito negativo porque, ele argumentou, "a realidade é que as pessoas continuarão seu andamento para os  destinos masificados".   

Goodwin mostrou que a melhor coisa que podem fazer as cidades para atrair visitas é investir dinheiro nelas, como no transporte público: "Quando você melhora o transporte para seus cidadãos, você está melhora-o para seus turistas."   

Outra tendência para debater no congresso é o cume do turismo responsável, como a aplicação de planos de redução das emissões de carbono tem pasado dos 20 a 25% no último ano, um crescimento que foi ao mesmo tempo com o interesse pela causa, o que, porém, continua ser inferior que em 2015.   

Um fato excelente do relatório é a estagnação da economia colaboradora para fazer turismo que depois de crescer nove pontos por cento de 2015 a 2016 ficou entre o último ano em 12 por cento de reservas através de particulares.   

Não obstante, 86% dos usuários que em 2016 usaram plataformas como Airbnb, Uber, Onefinestay ou Couchsurfing, entre outras, apontou repetir a experiência.   

A Feira Mundial do Turismo de Londres que acontece no recinto ExCell, para o leste do capital britânica, é um dos mais importantes do mundo, nela participam mais de 5.000 expositores e supõe uma grande oportunidade para os agentes do setor quando estabelecer contatos e fechar negócio.   

Na sua edição número 37, a WTM aspira fechar acordos para valor de 2.800 milhões de libras (aproximadamente 3.194 milhões de euros), entre o milhão de encontros que acontecerão neste âmbito.    

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