OMT: As Américas lideram crescimento do turismo mundial

O diretor regional para as Américas da Organização Mundial do Turismo, Carlos Vogeler, expressou que o turismo tem demonstrado uma forte resistência aos palcos adversos do planeta e hoje se confirma como um dos setores de maior dinamismo ao capitalizar o 9 por cento do PIB mundial, com um crescimento nas Amèricas de até um oito por cento, muito acima da média internacional.
Na 35 edição da Feira Internacional de Turismo FITCuba 2015, Vogeler disse que o movimento das exportações originadas na indústria do lazer significaram o 30 por cento desse rubro no planeta e 6 por cento dos fluxos do comércio internacional, o que em opinião do diretor demonstra a sólida recuperação do setor com respeito à crise reportada entre os anos 2008 e 2009.
“Este é o quinto ano consecutivo de crescimento, o que está avaliado em rendimentos por mais de 1, 2 biliões de dólares, o que significa que da cada 11 empregos existentes hoje no mundo, ao menos um pertence ao turismo” apontou Vogeler.
Dentro das linhas que conformam atualmente o palco turístico internacional, o diretor destacou:
- Europa e Ásia-Pacifico são as regiões que captam maior número de viajantes. No entanto as Américas reportaram nos últimos meses um crescimento de um oito por cento acima destas geografias, as quais se moveram numa média de um quatro por cento.
- Dentro do Hemisfério Ocidental, América do Norte possui um peso fundamental. No Caribe, os três principais destinos são República Dominicana com mais de 5 milhões de visitantes estrangeiros; Porto Rico e Cuba, ambos na ordem dos 3 milhões de visitantes.
- China tem-se possesionado como o principal país emissor do mundo, e tem deslocado nesse indicador a Estados Unidos, Alemanha e Rússia.
- Ao mesmo tempo França, Estados Unidos, China, Itália e Turquia classificam como as nações de maior receptação de viajantes.
- As perspectivas de crescimento do setor devem atender sobre a competividade, a sustentabilidade e uma ética nas ações comerciais, que ao final não incidam na depreciação dos destinos.
- É necessário atender os palcos mundiais, marcados pela volatilidade dos preços do petróleo, flutuações nas mudanças de moeda e a emergência de novos conflitos na órbita, em especial o mundo árabe.
- Urge, em opinião de Vogeler, explodir mais ainda as novas tecnologias sobretudo na emissão de vistos e documentos dos viajantes, o qual incrementa as estadias nos aeroportos ou resiente o fluxo de viajantes. “Acho que as tecnologias não as estamos a usar ao máximo”, alertou o diretor.